Interior

Polícia descarta principais grupos terroristas em execuções na fronteira

Oficial da Polícia Nacional diz que EPP e ACA não atuam na região onde colono e empregados foram mortos

Helio de Freitas, de Dourados | 23/11/2021 17:01
Viaturas da polícia perto de propriedade onde colono e empregados foram mortos (Foto: Última Hora)
Viaturas da polícia perto de propriedade onde colono e empregados foram mortos (Foto: Última Hora)

A Polícia Nacional descartou envolvimento dos dois principais grupos terroristas do Paraguai nos assassinatos do colono menonita Helmut Ediger Friesen, 74, e dois funcionários dele, ontem (22), na área rural de San Estanislao, a 130 km em linha reta do município de Paranhos (MS). Um terceiro funcionário conseguiu escapar dos criminosos.

Helmut, o capataz Rolando Dias Gonzales e o brasileiro Odair dos Santos foram sequestradores por volta de meio-dia e mortos a tiros e golpes de faca, mesmo após o pagamento do resgate. O valor pago chegaria a R$ 1,6 milhão.

Em entrevista a emissoras de rádio do país vizinho, na tarde desta terça-feira (23), o comissário Gilberto Fleitas, subcomandante da Polícia Nacional, disse que a região onde os crimes ocorreram não são área de atuação do EPP (Exército do Povo Paraguaio) e da ACA (Agrupação Campesina Armada).

Os dois grupos (a ACA foi fundada por dissidentes do EPP) respondem pela maioria dos sequestros, assaltos, saques, assassinatos e destruição de propriedades particulares no norte do Paraguai.

“Acreditamos que são outros grupos. Vamos identificar e localizar esses criminosos”, prometeu Fleitas. A execução do colono menonita e de seus empregados mesmo com pagamento do resgate provocou comoção no Paraguai.

O prefeito de San Estanislao (cidade também conhecida como Santaní), Agustín Ovando, disse que a região não é zona de influência dos grupos terroristas. Ele diz acreditar que são criminosos de fora.

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