Interior

Polícia ainda tenta identificar responsáveis por casos de linchamento

Caroline Maldonado | 18/06/2014 17:33

Três casos de linchamento, ocorridos nas últimas quatro semanas, continuam sem solução em Ponta Porã, município a 323 quilômetros de Campo Grande. Uma das vítimas do grupo que persegue moradores de rua suspeitos de roubo, morreu no hospital, no dia 29 de maio.

O delegado que investiga os casos, Jarley Inácio de Souza, disse que já conversou com as outras duas vítimas, mas não pode revelar detalhes dos depoimentos para não atrapalhar a investigação.

Para o delegado, aproximadamente oito pessoas estão associadas para identificar e espancar moradores de rua e dependentes químicos. Esses criminosos buscam flagrar as vítimas roubando alguma residência para então agredi-las.

No último caso, o morador de rua Valdir Vilhalba Alves, 30 anos, foi acusado por uma moradora de ter furtado três cadeiras. Segundo a Polícia, a mulher discutiu com Valdir e chamou o namorado, que foi atrás da vítima e informou outras pessoas que o homem era suspeito de furtar as cadeiras.

A partir de então Valdir foi agredido por aproximadamente 30 pessoas, de acordo o delegado. “Existe esse grupo que persegue os moradores de rua, que são dependentes químicos, mas nos casos mais pessoas se envolvem e também agridem as vítimas. As pessoas se empolgam e depois percebem que o caso fica grave e se arrependem”, afirma o delegado.

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