Interior

PM alega que atirou em casal para se defender e ganha a liberdade

Juiz mandou soltar acusado, que colaborou com a polícia e é réu primário

Anahi Zurutuza | 07/11/2016 18:30

O policial militar Gilmar Firmino Santana, 49, que atirou contra um casal e matou uma mulher na entrada do balneário Cachoeirão, em Terenos – município distante 25 km de Campo Grande – vai responder pelo crime em liberdade. No dia do assassinato, foi o PM quem chamou a polícia. Ele alega legítima defesa.

Conforme consta no auto de prisão em flagrante de Santana, o PM relatou que Fabiana Aparecida Bastos Andrade, 40, e William Assis dos Santos, 30, teriam invadido a propriedade dele e começado a xingá-lo e agredi-lo fisicamente sem porquê. O PM contou ainda que estava com a sua arma calibre 38 entre as pernas, a pegou e disparou para se defender.

O MPE (Ministério Público Estadual) pediu a prisão preventiva, por tempo indeterminado portanto, do policial. Mas, o juiz Juliano Duailibi Baungart o colocou em liberdade pelo fato dele ser réu primário, possui residência fixa e colaborou com as investigações.

“A gravidade em questão, por si só, não é suficiente para justificar a decretação da prisão preventiva do indiciado, já que não há elementos que indiquem que o indiciado seja dado à prática de crimes, ou seja, pessoa perigosa”, destacou o magistrado.

O PM terá de comparecer em juízo uma vez por mês, está proibido de viajar, além de ter de fica recolhido em casa das 19h às 5h durante a semana e durante todo os fins de semana.

Crime – O homicídio aconteceu por volta das 20h do dia 1º deste mês. Fabiana foi atingida com tiro no abdômen e morreu no local. O marido dela foi ferido na região do tórax.

Ele foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), passou por cirurgia na Santa Casa e não corre risco de morrer.

Gilmar foi preso e entregou a arma à polícia.

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