Interior

Pecuarista que espancou filho gay pode ser condenado a 8 anos de prisão

Evelyn Souza | 20/08/2013 10:58
Adolescente ficou com vários ferimentos pelo corpo, após ser agredido pelo pai. (Foto: divulgação)
Adolescente ficou com vários ferimentos pelo corpo, após ser agredido pelo pai. (Foto: divulgação)

A Polícia Civil já concluiu o inquérito sobre as investigações do pecuarista, que espancou o filho na madrugada do dia 29 de julho, em Três Lagoas, que fica a 331 quilômetros da Capital. As agressões aconteceram depois que o pai descobriu que o filho é homossexual. Apesar do crime não ser oficial, ele também foi indiciado por homofobia. 

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Paulo Henrique Rosseto de Souza, o pecuarista foi indiciado por tortura e injúria e os crimes ultrapassam oito anos de prisão, caso seja condenado. O inquérito foi encerrado na semana passada e encaminhado ao judiciário.

O caso ganhou repercussão nacional pela crueldade. Conforme a Polícia Civil, ao descobrir que o filho é homossexual, o pai o agrediu e tentou trancar o adolescente em um quarto sem energia elétrica. O rapaz foi levado para a casa da avó, mas foi seguido pelo pai e agredido novamente. Durante as agressões, o pai dizia que o filho “estava com o demônio no corpo”.

Após as agressões o adolescente foi levado para o hospital pelo próprio pai, que no caminho ainda ameaçou matar o filho caso ele não mude a orientação sexual. Segundo testemunhas o pecuarista amarrou uma corda na perna do garoto e ameaçou jogar ele para fora do carro e arrastar na rua.

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