Interior

“Oposição” ao PCC suspeito de duplo homicídio é morto por pistoleiros

Gabriel Alves Nóia, 19, foi executado nesta terça em oficina de moto no Parque da Nações, em Dourados

Helio de Freitas, de Dourados | 05/04/2022 18:10
Policial observa local onde rapaz foi executado nesta terça-feira em Dourados (Foto: Adilson Domingos)
Policial observa local onde rapaz foi executado nesta terça-feira em Dourados (Foto: Adilson Domingos)

Apontado como integrante da chamada “oposição” ao PCC (Primeiro Comando da Capital) foi executado na tarde desta terça-feira (5) em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Gabriel Alves Nóia, 19, foi morto com pelo menos oito tiros por dois homens em casa localizada na Rua Filomeno João Pires, no Parque das Nações I (região leste da cidade). No local funcionava uma oficina de motos.

Gabriel tinha escapado de atentado a tiros em 2020, mesmo ano em que chegou a ser suspeito de ligação no assassinato de marido e mulher que tinham saído de casa para comprar leite para o filho pequeno.

Residente no Parque das Nações II, Gabriel estava na oficina quando a dupla chegou de moto e executou o rapaz a tiros. Peritos da Polícia Civil contaram ao menos oito ferimentos – quatro na cabeça, um nas costas, um na perna direita e dois na barriga. Como a perícia não encontrou cápsulas deflagradas, acredita-se que os matadores tenham usado revólveres.

Duplo assassinato – Em dezembro de 2020, Gabriel Alves Nóia e o comparsa dele, Ailton Martins da Costa, chegaram a ser presos por suspeita de envolvimento no assassinato de Eberton da Silva Barros, 33, e Gláucia Luciano da Silva, 30. O casal foi executado a tiros no dia 13 daquele mês na frente do filho e da babá da criança.

Josilei Silva Souza, 32, assassino confesso, foi preso na casa de Gabriel e disse ter praticado o duplo homicídio sozinho. Gabriel e Ailton foram autuados apenas por porte ilegal de arma e liberados no dia seguinte à prisão.

Em abril de 2020, Gabriel tinha sido ferido com tiro no braço em ataque supostamente ordenado pelo PCC contra membros da “oposição”. O atentado ocorreu no residencial Dioclécio Artuzi. Outros dois homens que estavam na casa também ficaram feridos.

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