Interior

Operação do Gaeco foi deflagrada após descoberta que promotor era vigiado

Representante do Ministério Público registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil

Aline dos Santos | 30/10/2020 12:34
Promotor registrou boletim de ocorrência na delegacia de Polícia Civil de Bandeirantes. (Foto: Marcos Maluf)
Promotor registrou boletim de ocorrência na delegacia de Polícia Civil de Bandeirantes. (Foto: Marcos Maluf)

Apreensão de máquina fotográfica que mostra monitoramento do promotor de Bandeirantes, Paulo Henrique Mendonça de Freitas, deflagrou nova operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) no  município a 70 km de Campo Grande e que já registrou outras duas operações do MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em 2020. 

No dia 4 de setembro, foi realizada a operação “Efeito Dominó”, que apurou uso de perfis falso usados por alvos de ações para difamar e coagir agentes públicos e testemunhas. A ação foi realizada pelo MP, Polícia Civil e GOI (Grupo de Operações e Investigações). 

Nesta etapa, foi apreendida a máquina, que tinha algumas fotos do promotor, com Valdinei Porto. Ele já foi assessor de comunicação e por meio da Defesa Civil coordenava a distribuição do programa Vale Renda.

Na sequência, ainda em setembro, o promotor registrou Boletim de Ocorrência na Polícia Civil de Bandeirantes, relatando o monitoramento fotográfico e intimidação. 

A reportagem apurou que a situação foi levada à PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça) e o promotor passou a contar com escolta. Ele também foi transferido de cidade e a promoção por merecimento deve ser efetivada até o fim do ano. 

Além de Porto, a operação de hoje tem como alvo o ex-secretário Municipal de Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente e Produção, Josimar Omena.

Sucata Preciosa – Em 2 de junho, equipes do Gaeco, Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) e do Batalhão de Choque cumpriram 25 mandados de busca e apreensão em Bandeirantes, Campo Grande, Dourados e Presidente Venceslau (SP).

O objetivo era investigar crimes de peculato, fraude em licitação, falsidade e corrupção, em contratos celebrados pelo município com empresas para a manutenção da frota municipal.

Segundo o Gaeco, sucatas de veículos já colocadas à venda em leilão ainda geravam despesas para a prefeitura como se estivessem rodando normalmente. Por isso, a operação foi batizada de Sucata Preciosa. 

Desde então, Bandeirantes já assistiu à cassação do prefeito e vive o clima de tensão eleitoral.  

O Campo Grande News solicitou informações ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que informou apenas manter a investigação sob sigilo.

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