Interior

Notificados, professores vão cumprir liminar do TJ, mas greve continua

Em assembleia nesta quinta-feira, educadores de Dourados discutiram estratégia para manter 66% do efetivo trabalhando

Helio de Freitas, de Dourados | 23/08/2018 11:30
Professores vão manter greve, mas terão de cumprir liminar da Justiça (Foto: Divulgação)
Professores vão manter greve, mas terão de cumprir liminar da Justiça (Foto: Divulgação)

Educadores de Dourados, a 233 km de Campo Grande, vão manter a greve iniciada há seis dias para cobrar da prefeitura o reajuste do piso do magistério relativo a 2017 e 2018.

Em assembleia hoje (23), os trabalhadores em educação decidiram que o movimento vai continuar com 34% do efetivo de cada unidade escolar, para atender a liminar da desembargadora Tânia Borges, do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

O Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) foi notificado ontem sobre a liminar, deferida em ação impetrada pela prefeitura contra a greve. Tânia Borges estipulou multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento da decisão.

“Nesta tarde os educadores voltam aos seus postos de trabalho para organização do cumprimento da liminar, com escalas para que 66% dos servidores atendam, em período integral de cada turno letivo, a todos os alunos de escolas municipais e centros de educação infantil”, informou o Simted.

Segundo o sindicato, “apesar da tentativa autoritária do governo municipal de impor por meio da justiça uma multa diária abusiva aos trabalhadores”, a categoria continuará as mobilizações pela valorização do magistério e do administrativo educacional.

“A medida tomada pela prefeitura, de acionar a justiça, pode prejudicar os alunos e o trabalho dos educadores, com superlotação em salas de aula, entre outras dificuldades para atender a demanda de 100% das escolas e Ceims com 66% do efetivo, em desacordo com a legislação da educação”, afirma o Simted.

Às 15h de hoje, a comissão de negociação volta a se reunir com a prefeitura para avaliar a proposta de acordo salarial. Ontem, a prefeita Délia Razuk (PR) anunciou em reunião com os grevistas que sua equipe ia preparar uma proposta para tentar fechar acordo com os educadores.

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