Interior

Mutirão atende indígenas que não falam português em presídios do Estado

Durante o mutirão, indígena condenado a 24 anos e nove meses de reclusão conseguiu pedir revisão de pena

Gabrielle Tavares | 24/05/2022 17:07
Mutirão foi realizado em três unidades carcerárias no interior do Estado. (Foto: Divulgação/Defensoria Pública)
Mutirão foi realizado em três unidades carcerárias no interior do Estado. (Foto: Divulgação/Defensoria Pública)

Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul realizou mutirão em unidades penais do Estado para verificar condições de indígenas encarcerados. Entre os dias 4 e 6 de maio, 65 indígenas foram atendidos no Estabelecimento Penal de Amambai, Penitenciária de Segurança Máxima de Naviraí e Estabelecimento Penal Feminino "Luiz Pereira da Silva", em Jateí.

De acordo com o coordenador do Nuspen (Núcleo Penitenciário), defensor público Cahuê Duarte e Urdiales, foi necessária a presença de intérpretes porque grande parte dos indígenas não compreendem o português.

“Durante a incursão nas unidades penais percebemos que as pessoas indígenas privadas de liberdade são extremamente introvertidas e pouco compreendem a língua portuguesa. A presença das intérpretes foi de vital importância para o desenvolvimento do trabalho”, apontou.

Na unidade penal de Amambai, a Defensoria encontrou o caso de um indígena condenado a 24 anos e nove meses de reclusão que conseguiu pedir revisão de pena.

“No atendimento, o assistido indígena pediu a revisão de sua pena e, ao analisar cuidadosamente o caso, encontramos elementos suficientes para entrar com um pedido de revisão de pena. Caso seja acolhido, ele poderá ter a pena reduzida para 20 anos”, explicou Cahuê Duarte.

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