Interior

Mulher fuzilada na saída de cassino morreu na véspera de aniversário

Marido cumpria pena em semiaberto por tráfico; advogado diz que jovem havia mudado de vida e “estava tocando a vida normalmente”

Liniker Ribeiro e Ângela Kempfer | 13/12/2020 12:19
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Daiane Dias Constanci, de 27 anos, executada ao lado do marido Wellington Bruno Alves, de 26, morreu na véspera de completar mais um ano de vida. A jovem nasceu dia 14 de dezembro e morreu na madrugada deste domingo (13) após o veículo em que estava ser atingido por mais de 100 tiros de fuzil, em Ponta Porã, a 323 quilômetros da Capital.

Já Wellington, que conduzia o carro cumpria pena em regime semiaberto por tráfico de drogas. Em 2014, o jovem foi flagrado transportando quase uma tonelada de maconha, na Capital.

O rapaz morreu hoje, por volta de 1h, após veículo que conduzia ser alvejado com pelo menos 100 tiros. Ele estava acompanhada de mulher identificada como Daiane Dias Constanci, que também morreu. O crime aconteceu em frente a hotel cassino na fronteira entre Ponta Porã, a 323 quilômetros de Campo Grande, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai.

Seis anos atrás, quando foi preso, o jovem natural de Ponta Porã foi flagrado com caminhonete Ford Ranger carregada com 941 quilos de droga. Ele estava na companhia de outros dois homens, que também foram presos.

Carro onde casal estava foi atingido por pelo menos 100 tiros (Foto: Divulgação/PCMS)

Era Wellington quem dirigia o veículo, no dia 2 de abril de 2014. Ao ser abordado pela Polícia Rodoviária Federal em posto de fiscalização, na Capital, ele tentou fugir e chegou a abandonar o carro e foi seguindo pela mata, acabando preso. Em depoimento, contou que ganharia, naquela época, R$ 2 mil para trazer a droga de Ponta Porã para a Capital.

Pelo crime, o rapaz foi condenado a 6 anos e meio de prisão em regime fechado, mas conseguiu para o semiaberto. Em outubro, inclusive, a defesa de Wellington conseguiu transferência para que a pena fosse cumprida na fronteira.

Mudou de vida – Em entrevista ao Campo Grande News, na manhã deste domingo (13), o advogado de Wellington, Carlos Alexandre, afirmou que o cliente estava “tocando a vida normalmente” e que prestava serviços para uma marcenaria na cidade.

O profissional explicou ainda que o rapaz cumpre pena em regime semiaberto, porém, devido à pandemia do novo coronavírus, está suspensa a obrigação de detentos trabalharem durante o dia e passar a noite no semiaberto.

Execução - Mais de 100 tiros de fuzil foram efetuados contra o carro do casal, que estava em frente a hotel cassino, na Rua Dr Francia, na divisa entre Ponta Porã, a 323 km da Capital, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai.

De acordo com as primeiras informações, com o homem foram encontrados quase R$ 10 mil. Ele havia acabado de sair do cassino, por volta de 1h.

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