Interior

MS foi alvo de uma das 25 operações da PF contra pedofilia em 2 meses do ano

“Operação Dois Pontos” cumpriu mandado de busca em Dourados no dia 19 de fevereiro

Helio de Freitas, de Dourados | 01/03/2022 14:39
Agente da PF vasculha computadores durante operação contra pedófilos. (Foto: Divulgação)
Agente da PF vasculha computadores durante operação contra pedófilos. (Foto: Divulgação)

Nos dois primeiros meses deste ano, 25 operações contra a pedofilia e pornografia infantil foram desencadeadas em todo o País pela Polícia Federal. Foram 24 mandados de prisão e 104 de busca cumpridos em 20 estados e no Distrito Federal.

Um desses mandados de busca foi cumprido em Mato Grosso do Sul. Foi em Dourados, segunda maior cidade do Estado, localizada a 233 km de Campo Grande.

No dia 19 de fevereiro, policiais federais estiveram em endereço não informado em Dourados para cumprir o mandado no âmbito da “Operação Dois Pontos”. O balanço das operações deste ano foi divulgado hoje (1º) pela Polícia Federal.

Segundo a PF, o objetivo dessas informações é alertar sobre os perigos que crianças e adolescentes podem correr tanto dentro do ambiente familiar quanto fora dele, além de passar dicas de segurança para que os pais possam orientar os filhos e identificar quando eles estiverem sendo vítimas de abuso sexual. 

Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), a pedofilia é um transtorno doentio da preferência sexual em que a pessoa tem predileção pela prática de sexo com crianças ou adolescentes. Segundo a entidade, trata-se de perversão sexual, que leva um indivíduo adulto a se sentir sexualmente atraído por crianças.

Por ano, o Brasil registra 500 mil casos de exploração sexual infantil. É o segundo no mundo e só perde para a Tailândia. No País, 51% das crianças abusadas sexualmente têm de 1 a 5 anos.

Ainda segundo os dados divulgados pela PF, o Brasil é líder no número de portais com conteúdo pornográfico infantil e a cada 8 minutos, uma criança é violentada em território nacional. Uma foto de criança nua chega a valer R$ 1.000 e um vídeo com cenas de sexo, R$ 10.000. Dados do Ministério da Saúde indicam que mais de 70% dos casos de abuso infantil acontecem dentro da residência.

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