Interior

MPE investiga denúncia de merenda estragada em escolas índígenas de Miranda

Vanda Escalante | 14/06/2011 11:05

Outra reclamação é o não cumprimento do cardápio recomendado pela nutricionista da Prefeitura.

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Miranda (Sitpremi) estão denunciando ao MPE (Ministério Público Estadual) a entrega de alimentos estragados pelo setor de merenda da Prefeitura às escolas indígena da Aldeia Cachoeirinha.

O promotor Daniel do Nascimento Britto ouviu ontem a presidente do sindicato, Dilva Ortiz, e pediu à Vigilância Sanitária do Município que averiguasse as condições da merenda entregue à escola.

A reclamação se refere a uma quantidade de carne moída que teria sido recebida pela escola na semana passada e estaria visivelmente sem condições de consumo.

De acordo com as informações do sindicato, na última sexta-feira (10), professores e funcionários das escolas Nicolau Horta Barbosa e Cacique Timóteo, na Aldeia Cachoeirinha, procuraram a entidade para denunciar a situação.

Segundo eles, esta não seria a primeira vez que a Prefeitura de Miranda entrega produtos da merenda escolar estragados. Em outras ocasiões, as escolas já teriam recebido arroz carunchado e hortaliças estragadas, que tiveram que ser descartados.

Outra irregularidade denunciada pelos representantes das escolas é o não cumprimento do cardápio elaborado pela nutricionista da própria Prefeitura, obrigando as merendeiras a “improvisar” com o que está disponível.

Os representantes do sindicato procuraram a Promotoria depois de visita às escolas da aldeia. O promotor Daniel Britto disse ao Campo Grande News que aguarda o resultado da inspeção solicitada à Vigilância Sanitária para então decidir o que será feito: “Recebemos a denúncia ontem e estamos averiguando, mas ainda é cedo para afirmar qual o procedimento a ser adotado”.

Ainda de acordo com promotor, tanto a possível distribuição de alimentos estragados quanto o não cumprimento do cardápio recomendado pela nutricionista deverão ser apurados no mesmo procedimento que venha a ser instaurado.

Prefeitura - Questionada acerca do episódio, a secretária municipal de Educação de Miranda, Mára Batista Almeida, disse ao Campo Grande News que tinha conhecimento do ocorrido, mas alegou que a carne acabou estragando porque foi descongelada pela merendeira.

“Essa carne foi entregue na sexta-feira. Na segunda a merendeira informou o que havia acontecido e imediatamente o produto foi recolhido e substituído”, afirmou secretária, frisando ainda que não houve “qualquer dano a ninguém, muito menos a aluno”, uma vez que a carne estragada não foi consumida.

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