Interior

Morte de bebê após vacina está na Justiça, sem causa detectada

A menina, que tinha 4 meses, morreu na madrugada de 28 de janeiro, horas depois de ter recebido dose da polio

Lucia Morel | 06/04/2022 16:25
Tamires Vitória tinha apenas 4 meses quando faleceu. (Foto: Redes Sociais)
Tamires Vitória tinha apenas 4 meses quando faleceu. (Foto: Redes Sociais)

Já encaminhado ao Judiciário, caso de morte de bebê de 4 meses no final de janeiro em Três Lagoas continua como morte a esclarecer. O corpo da criança, Thamires Vitória, não foi exumado porque, segundo o delegado Orlando Vicente Sacchi, seria um sofrimento a mais para a família.

O inquérito que apurava a situação foi encerrado como morte a esclarecer e caberá agora ao Ministério Público e ao Judiciário verificar se alguém deve ou não ser responsabilizado.

A menina, que tinha quatro meses, morreu na madrugada de 28 de janeiro, horas depois de ter tomado a vacina contra a poliomielite. A família desconfia que ela teve algum efeito colateral decorrente dessa aplicação, já que as perninhas da criança ficaram sangrando.

Mais tarde, em casa, a menina também apresentou febre, tomou antitérmico e acabou ficando um pouco desanimada, mas os pais acharam que era normal. Todos na casa foram dormir por volta das 22h30 e entre 3h30 e 4h, a mãe, Josiane Aparecida da Silva, de 34 anos, acordou para amamentar a filha quando viu ela sangrando pela boca, pelo nariz e desacordada. 

No posto de saúde, segundo os pais, ouviram dos profissionais que atenderam Tamires naquela madrugada, que ela chegou a ser reanimada, após diversas tentativas, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu. 

Conforme o delegado, não foi feito laudo no corpo da criança porque ao ser solicitado, a criança já estava enterrada. A exumação foi até cogitada, mas por ser um fator de sofrimento a mais para a família, a ação foi descartada. “Relatórios do médico que a atendeu, do médico da prefeitura e do nosso legista foram inconclusivos”, comentou Sacchi.

Segundo ele, caso queira, o Ministério Público pode, se quiser, solicitar a exumação, mas até onde as investigações apuraram, a causa da morte permanece desconhecida e como não foi feito exame na criança, não foi possível detectar se havia doença preexistente não conhecida ou se mesmo a vacina pode ter tido efeito colateral adverso.

A reportagem tentou falar com a família, mas ninguém atendeu.

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