Interior

Moka faz alerta em Brasília sobre possível confronto entre índios e fazendeiros

Thiago de Souza | 27/08/2015 18:26
Senador Moka alertou autoridades sobre conflitos indígenas em MS. (Foto: Marcos Ermínio/arquivo)
Senador Moka alertou autoridades sobre conflitos indígenas em MS. (Foto: Marcos Ermínio/arquivo)

O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) alertou, nesta quinta-feira (27), autoridades federais em Brasília sobre o clima de tensão entre produtores rurais e índios, no sul do Estado, principalmente na cidade de Antônio João, a 279 quilômetros de Campo Grande. Os produtores fecharam rodovias em protesto contra a invasão de cerca de mil índios a cinco propriedades em 10 mil hectares de terras da região. 

Além de informar o vice-presidente da República Michel Temer, o senador intermediou contato do governador Reinaldo Azambuja (PSDB-MS) com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. O alerta é de que se “não houver intervenção imediata, o risco de enfrentamento é grande”.

O peemedebista recebeu a informação de que, se o governador Azambuja solicitar, o governo federal vai autorizar a ida do Exército a região para garantir a segurança de todos.

As invasões

Na sexta-feira (21) os indígenas invadiram a fazenda Primavera, e ontem (26), segundo os produtores rurais, 40 famílias foram retiradas de suas casas no distrito Campestre. Eles alegam, que os índios ameaçam atear fogo nas propriedades. Os índios guarani-kaiowá lutam pela demarcação do território “Ñanderu Marangatu”, que tem 9.700 hectares de extensão.

Após as invasões, proprietários rurais e caminhoneiros bloqueiam, em dois pontos, a MS-384 desde o meio-dia desta quinta-feira (27). Cerca de 100 veículos e 300 pessoas estão paradas no protesto, que visa chamar a atenção dos governantes para as invasões indígenas que acontecem desde sexta-feira (21). 

Conforme o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), os índios já ergueram acampamentos nas fazendas Primavera, Pedro, Fronteira, Barra e Soberania. “Restam apenas duas para ÑanderuMarangatu ser ocupada na íntegra pelos indígenas. Os guarani-kaiowá exigem do governo a presença da Força Nacional na região”, afirma o órgão. As fazendas pertencem ao ex-prefeito de Antônio João, Dácio Queiroz Silva e seus irmãos.

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