Interior

Mesmo sem caso de chikungunya, saúde intensifica mutirões para combater mosquito

Helio de Freitas, de Dourados | 06/11/2014 11:41
Neste ano foram feitos 96 mutirões até outubro e prefeitura diz que índice de infestação é baixo na cidade (Foto: Eliel Oliveira)
Neste ano foram feitos 96 mutirões até outubro e prefeitura diz que índice de infestação é baixo na cidade (Foto: Eliel Oliveira)

Até agora sem registrar casos da febre chikungunya, o município de Dourados, a 233 km de Campo Grande, intensificou os mutirões de limpeza nos bairros e as campanhas de conscientização da população para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, de janeiro a outubro foram feitos 96 mutirões para eliminar focos do inseto e acabar com os criadouros que geralmente são encontrados nos quintais, como pneus velhos, garrafas e outros recipientes onde a água fica acumulada.

A saúde pública atribui a esse trabalho de limpeza e de orientação dos moradores o baixo índice de infestação do mosquito. O levantamento mais recente mostrou que a infestação é de 0,7%, considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde. Entretanto, com as altas temperaturas e chuvas constantes a tendência é de maior infestação do mosquito.

No mês passado, a Secretaria de Saúde da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul começou a preparar agentes de controle de vetores e equipes da atenção básica para combate e tratamento da febre chikungunya. O coordenador de Controle de Vetores da Secretaria Estadual de Saúde Gilmar Cipriano Ribeiro esteve na cidade para repassar informações do Ministério da Saúde sobre a doença.

A febre se dissemina de três a quatro vezes mais rápido do que a dengue e a morbidade dela também é maior. O paciente sente dores mais fortes e pode demorar de três meses a dois anos para se recuperar. No entanto, a forma de evitar é a mesma: reduzir os focos do mosquito transmissor.

“Não existem vacinas ou remédios que previnam essas doenças, nós tratamos os sintomas. Por isso é importante a população permanecer em alerta e cuidar dos quintais, da eliminação de focos do Aedes aegypti. É a forma mais efetiva de evitar as doenças”, afirmou o gerente do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Devanildo de Souza Santos.

Apoio da UFGD – A Universidade Federal da Grande Dourados também entrou na campanha contra a febre chikungunya. A pró-reitoria de administração lançou alerta à comunidade acadêmica sobre as doenças transmitidas nessa por mosquitos nessa época do ano.

Para evitar a dengue e a febre chikungunya, a universidade informa a estudantes, funcionários e professores que além de acabar com a água parada, é preciso tomar outras medidas, como colocar areia em vasos de plantas, fazer periodicamente a limpeza de calhas, piscinas e aquários, instalar telas em janelas para evitar a entrada de mosquitos, armazenar o lixo de forma correta, adotar o uso de repelentes e lavar diariamente as vasilhas de água de animais domésticos.

“O objetivo da UFGD é conscientizar a população acadêmica em todas as unidades da instituição, estimulando e formando agentes sensibilizados quanto aos cuidados de prevenção e combate às doenças transmitidas por mosquitos e que requerem medidas simples para seu controle”, informou a assessoria de comunicação da UFGD.

A reitoria tem feito também ações de educação ambiental, como a instalação de coletores seletivos nas unidades e a abertura do Ecoponto da Unidade 2, local que recebe, seleciona e envia materiais dispensáveis para reciclagem.

Agentes de saúde vistoriam residência em bairro de Dourados durante mutirão contra Aedes aegypti (Foto: Eliel Oliveira)
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