Interior

Laudos comprovaram que idosa envenenou feijoada feita para o genro

O caso aconteceu em março deste ano e resultou na morte de três cachorros. A vítima ficou internada por 24 horas

Geisy Garnes | 26/10/2018 15:42
Equipes no dia da exumação dos cachorros pela cidade. (Foto: JPNews)
Equipes no dia da exumação dos cachorros pela cidade. (Foto: JPNews)

Laudos da perícia confirmaram que Joseildo Moura, de 42 anos, foi envenenado pela própria sogra em março deste ano na cidade de Três Lagoas - a 338 quilômetros de Campo Grande. Conforme as investigações, a idosa de 62 anos colocou veneno para rato, conhecido como “chumbinho” na feijoada servia ao genro e acabou matando três cachorros da família.

De acordo com o site JPNews, o inquérito do caso foi concluído na semana passada e comprovou que a feijoada foi envenenada pela idosa. Para os laudos, a polícia fez a exumação dos três cachorros que morreram após comerem o prato preparado pela suspeita.

O dono dos animais afirmou que sentiu o gosto ruim na comida, por isso cuspiu, mas ainda assim chegou a ficar internado por 24 horas com intoxicação. A idosa também passou por um exame psicológico que comprovou um "certo grau de perturbação psicológica”, não o suficiente para afetar seu discernimento sobre o crime.

Com os laudos prontos, o caso foi enviado ao Ministério Público Estadual que deve apresentar, ou não, denúncia à justiça contra a idosa.

Entenda - A vítima registrou boletim de ocorrência, no dia 18 de março, narrando a suposta tentativa de homicídio e disse aos policiais que a mulher, identificada apenas como Alexina, serviu-lhe um prato separado de feijoada que tinha uma calabresa com gosto amargo. A comida foi dada aos cães e todos os três animais da casa morreram.

Segundo o registro, ele cuspiu a comida na pia e pediu ao enteado que comprasse leite para ele (a bebida é uma solução popular para intoxicação e não é recomendada pelos médicos).
Diante da suspeita de que a intoxicação teria sido provocada por terceiros, funcionários da unidade ligaram para a delegacia. Os médicos disseram aos investigadores que o paciente deu entrada suando muito e com rosto pálido, não tendo como afirmar naquele momento se ele realmente tinha tomado alguma substância perigosa.

Na época, a assessoria de comunicação do Hospital Auxiliadora afirmou que Moura foi diagnóstico de intoxicação, foi medicado, fez alguns procedimentos clínicos, exames e ficou em observação médica.

Joseildo disse que nunca se desentendeu com a sogra e sempre a tratou bem. A mulher dele confirma a informação, mas disse aos investigadores que a mãe demonstrava raiva pelo genro, mesmo quando morava com o falecido marido.

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