Interior

Laudo atesta que criança indígena morreu de causa natural, diz PF

Nadyenka Castro | 16/08/2012 18:00

Diante disso, investigação policial está concentrada no suposto desparecimento de um indígena após ataque de pistoleiros

Homens, mulheres e crianças guarani-caiuá estão no acampamento Arroyo Korá. (Foto: Grupo Aty Guasu)
Homens, mulheres e crianças guarani-caiuá estão no acampamento Arroyo Korá. (Foto: Grupo Aty Guasu)

Laudo necroscópico aponta que morreu de causas naturais a criança guarani-caiuá, que junto com outros 400 indígenas ocupou a fazenda Eliane, em Paranhos, a 469 quilômetros de Campo Grande. A informação é da PF (Polícia Federal).

Lideranças indígenas afirmavam que a menina havia passado mal durante o ataque de pistoleiros ocorrido na sexta-feira (10), data da invasão. Segundo as lideranças, a criança não se alimentou por causa da ação e morreu na segunda-feira (13).

O corpo foi levado para o IML (Instituto Médico Legal) em Ponta Porã e, de acordo com a PF, o laudo atesta morte de causas naturais. Diante disso, a investigação sobre a morte foi encerrada.

Agora, a PF concentra as investigações no suposto desaparecimento de um índio após o ataque. Equipe chefiada por um delegado da Superintendência da PF, em Campo Grande, - e a própria autoridade policial – está na área ocupada.

Segundo a PF, ainda há confusão em relação à identificação do índio. Os guarani-caiuá já citaram dois nomes: Eduardo Pires e João Oliveira. A chefe do serviço de gestão ambiental e territorial da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Ponta Porã, a indigenista Juliana Mello Vieira, afirma que a confusão já foi esclarecida.

“Quem está desaparecido é Eduardo Pires, um senhor de cerca de 56 anos”, afirma. Ele é irmão de João Oliveira, que também chegou a ser dado como desaparecido.

O MPF (Ministério Público Federal) solicitou que a PF instaure inquérito policial para averiguar o ataque ao acampamento. No local, que os índios denominam Arroyo Korá, foram encontrados cápsulas de três calibres: uma cápsula de munição 32, quatro de calibre 38 e 25 cartuchos de calibre 12.

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