Interior

Justiça reduz pena de médico que matou outro para assumir plantões

Jorge Almoas | 19/04/2011 15:00

A Justiça decidiu reduzir a pena do médico paraguaio Miguel Angel Carballar Arevalos, condenado por ter matado o colega médico Ademir Aparecido Pimenta dos Reis, há quatro anos. Além dele, o segurança Wandir Roque Fernandes da Silva, também foi beneficiado com a redução da condenação.

Miguel Angel foi condenado a 47 anos e deverá cumprir 34 anos e seis meses, o mínimo legal, de acordo com decisão da desembargadora Marilza Fortes. A pena, na avaliação da desembargadora, foi fixada de maneira exacerbada. Dos 34 anos a que foi condenado, Wandir teve reduzidos para 29 anos e dois meses.

Em 21 de março de 2007, o médico Ademir dos Reis foi morto a tiros após uma emboscada no final de uma ponte na região de Nova Andradina. No carro com o médico, estavam uma psicóloga e uma enfermeira.

O veículo foi abordado por dois homens armados trajando roupas camufladas. Um deles chamou pelo nome do médico, que levou um tiro na cabeça. A psicóloga e a enfermeira também foram atingidas, no rosto e no braço, respectivamente. Ademir morreu no Hospital Santa Rita, em Dourados.

Quando a prisão foi efetuada, as investigações apontavam para duas possibilidades: a de que Arevalos teria matado o colega para assumir seu emprego; e de que Reis teria denunciado o médico paraguaio por uso de falso diploma

Na época do crime, Wandir confessou ter sido contratado pelo médico por R$ 1 mil, para matar Ademir. No principio, Miguel disse que contratou o segurança em Novo Horizonte do Sul. Mas depois, afirmou ter ele mesmo matado o médico e que Wandir auxiliou na execução do assassinato.

A psicóloga que sobreviveu a emboscada contou, na época do julgamento (em 12 de agosto de 2010), que vive sob efeito de remédios e que não foi reconhecida pela própria filha, de 3 anos de idade, depois de ter o rosto desfigurado pelos estilhaços da bala que mataram o médico.

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