Interior

Homens mortos em Paranhos foram baleados e depois carbonizados

Nadyenka Castro | 23/01/2012 17:49

De acordo com a Polícia Civil, laudo confirma tiros na cabeça das três vítimas. Suspeita é de que o crime esteja relacionado com o tráfico de cocaína

Caminhonete foi incendiada com mortos na carroceria. (Foto: Paranhos News)
Caminhonete foi incendiada com mortos na carroceria. (Foto: Paranhos News)

Os três homens encontrados mortos na noite de terça-feira (17) em Paranhos, a 469 quilômetros de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai, foram baleados na cabeça e depois carbonizados. A suspeita é de que o crime esteja relacionado com o tráfico de drogas.

De acordo com o delegado Marcelo Silva Alves Branco, responsável pelas investigações, Jucimar Gomes Favoretti, 44 anos, Alexandre Emílio de Almeida, 48 anos, e Peterson Barros da Silva, morreram devido aos tiros.

Já com os três mortos, a caminhonete Hilux, de placas de São Paulo, foi abandonada na região conhecida como Português, onde foi incendiada com os corpos na carroceria. O veículo estava parado no sentido Coronel Sapucaia/ Paranhos e no local, em direção oposta, havia marcas de pneus de caminhonete.

Na Hilux onde os corpos estavam foram encontradas marcas de tiros e a Polícia suspeita que os autores incendiaram o veículo para não deixar provas do crime que levassem a eles.

Jucimar, Alexandre e Peterson saíram de Eldorado junto com Robson de Souza, 35 anos, dono do automóvel, no domingo (15). Desde então, Robson está desaparecido.

Tráfico - Os familiares dos mortos disseram inicialmente à Polícia que eles tinham ido a Paranhos para comprar terras.

No entanto, de acordo com o delegado responsável pelo caso, depoimentos posteriores revelam que não há nenhum indicio de que Jucimar, Alexandre, Peterson e Robson tivessem realmente intenção de negociar propriedades rurais.

Diante dos relatos dos familiares, pelo fato dos quatro terem passagens pela Polícia, de como morreram e do local em que foram encontrados - na MS-295 a 55 quilômetros da área urbana de Paranhos, 20 metros distante do Paraguai e três quilômetros de Coronel Sapucaia, - a principal suspeita é de que o crime tenha relação com o tráfico de drogas, mais especificamente de cocaína. “Todos os indícios levam ao acerto de contas em relação a drogas, no caso, de cocaína”, fala o delegado.

Além disso, Robson e Peterson são tidos como lideranças do contrabando de cigarros em Eldorado, município que também fica na fronteira com o Paraguai. Já Alexandre é do Rio de Janeiro e Jucimar do Espírito Santo. Os corpos foram transladados para as cidades natais ainda na semana passada.

Investigação - Segundo o delegado Marcelo Branco, a ficha criminal de todos será analisada. No caso dos dois que não são de Mato Grosso do Sul, será pedido relatório completo às polícias dos respectivos estados.

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