Interior

Homem morreu após levar disparo antimotim do tipo "pó de arroz"

Descontrolado, Alcindo Alexandre Neto também foi alvo de um disparo de arma de choque

Adriano Fernandes e Helio de Freitas | 11/10/2019 17:37
Guardas ao lado do corpo da vítima no local da confusão. (Foto: Adilson Domingos)
Guardas ao lado do corpo da vítima no local da confusão. (Foto: Adilson Domingos)

Elcindo Alexandre Neto, de 35 anos, morreu após levar um disparo de cartucho “pó de arroz”, um tipo de projétil antimotim carregado com partículas plásticas para tiros a curta distância (de 5 a 10 metros). O tiro foi feito por um dos guardas que tentavam conter a vítima na Vila Cachoeirinha, em Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, nesta sexta-feira (10).

Em contato com a pele, a munição causa ferimentos e apesar da serem consideradas de baixa letalidade, disparos a distâncias inferiores às recomendadas podem levar a morte, conforme o site oficial da fabricante.

De acordo com o comandante da guarda local, Divaldo Machado, ainda não é possível saber se a morte ocorreu em decorrência do ferimento de munição ou de algum mal súbito, uma vez que a vítima, de acordo com ele, apresentou-se bastante nervosa.

A morte aconteceu depois de denúncia que de o morador estava fazendo queimada em um terreno, para livrar-se de folhas amontoadas. Quando a equipe da Guarda chegou ao local, ele teria ficado alterado, se armado de tesoura e chegado a derrubar um dos agentes de segurança, segundo afirmou ao Campo Grande News o comandante da Corporação.

Os guardas também teriam usado uma arma de choque, mas sem sucesso. Em Dourados, eles têm autorização para usar armas de fogo, mas o agente que conseguiu reagir durante a confusão usou um tipo de arma que não é feita para ferir gravemente. 

O caso ainda está sendo registrado pelas autoridades por isso as circunstâncias ainda vão ser apuradas.

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