Interior

Homem espanca, ateia fogo em mulher e é preso ao tentar invadir hospital

Depois de tentar invadir hospital, ele foi preso por tentativa de feminicídio e tortura; ele a deixou agonizando por 15 horas antes de permitir que ela buscasse atendimento médico

Tatiana Marin | 14/02/2019 14:29
Mulher foi espancada e teve o corpo queimado pelo marido. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Mulher foi espancada e teve o corpo queimado pelo marido. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Um homem foi preso por tentativa de feminicídio e tortura contra sua esposa na noite de terça-feira (12) em Água Clara, município 198 quilômetros de distância de Campo Grande. As agressões teriam acontecido ainda no sábado (9), mas ele foi detido pela polícia apenas depois de tentar invadir o hospital onde a mulher estava internada.

De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil ao site Perfil News, foi recebida uma denúncia de que uma mulher havia dado entrada no hospital com queimadura e que havia suspeita de que se tratasse de violência doméstica. Entretanto, a mulher afirmava que havia sido vítima de um "acidente doméstico". Desconfiados, os policiais continuaram a investigação.

Homem deixou mulher agonizando por 15 horas antes de deixá-la buscar atendimento médico. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Porém, na noite de terça-feira (12), embriagado, o marido tentou invadir o hospital. A Polícia voltou ao local para falar com a mulher, que acabou contando as agressões. Aos policiais ela disse que o marido a espancou com um cabo de vassoura e, depois, ateou fogo ao seu corpo. Disse, ainda, que o homem a deixou por 15 horas agonizando com as queimaduras e sem permitir que ela pedisse socorro.

Ainda, ela relatou que havia sido ameaçada de morte pelo companheiro e foi agredida e esfaqueada por ele em outras ocasiões, por isso, não havia falado nada anteriormente.

Com isso, a Polícia Civil procedeu com a prisão do agressor. Na delegacia, ele confessou o crime e disse que a motivação foi ciúmes. Ele disse que a teria torturado para ela "confessar" um suposto caso.

Os investigadores pediram a prisão imediata do homem, em razão de "seu total desprezo pela vida humana, sendo imprescindível sua segregação cautelar para garantir a ordem pública e a preservação da integridade física e psíquica da vítima".

O Ministério Público acatou o pedido policial e a prisão preventiva do autor foi decretada nesta quarta-feira (13). Ele permanece detido na Delegacia de Polícia de Água Clara até sua transferência para presídio.

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