Interior

Governo firma acordo com Ministério Público para ampliação de penitenciária

Priscilla Peres | 13/11/2014 13:54

O governo do Estado firmou acordo com os os Ministérios Públicos Federal e Estadual para a ampliação do Estabelecimento Penal Ricardo Brandão, em Ponta Porã - distante 323 km de Campo Grande. A previsão é de que sejam abertas 204 novas vagas até julho de 2015, especialmente para a acomodação de presos provisórios.

Em abril desse ano, o Ministério Público ajuizou ação em que obrigava o Estado a cumprir convênio firmado com a União, orçado em mais de R$ 18 milhões, para a construção de cadeia em Ponta Porã. O governo estadual se propôs a investir R$ 9,6 milhões no projeto, se a União entrasse com uma contrapartida R$ 8,5 milhões. A proposta foi aprovada, mas cancelada pelo Estado, para a construção de três unidades prisionais em Campo Grande.

Em decisão liminar que bloqueou o montante de R$ 9,6 milhões, a Justiça Federal destacou a irregularidade da situação. “A LEP (Lei de Execuções Penais) impõe a construção de Cadeia Pública em cada Comarca, não podendo, portanto, o Estado construir três cadeias num só município, privilegiando-o e deixando outra Comarca absolutamente desassistida, sobretudo quando, em se tratando de região de fronteira, há maior ocorrência de prisões em flagrante do que em Campo Grande”, afirma o MPF.

Para desbloquear o valor retido judicialmente, o governo do Estado assumiu o compromisso de ampliar a penitenciária de Ponta Porã. Segundo o acordo, até o final desse ano, 84 novas vagas serão disponibilizadas em reforma já em andamento. No próximo ano, o Estado de Mato Grosso do Sul deve oferecer outras 120 vagas, reacomodando os internos para a criação de ala específica para presos provisórios.

De acordo com o MPF, o governo ainda se comprometeu a remover do Estabelecimento Penal Ricardo Brandão os presos identificados como de alta lesividade e os condenados em outras localidades. O Termo de Conciliação já foi homologado em juízo e, se descumprido, poderá ser executado judicialmente pelo Ministério Público.

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