Interior

Gaeco recolhe malotes de documentos em investigação sobre fraude em prefeitura

Caroline Maldonado | 13/11/2014 09:56
Policiais levaram malotes apreendidos no prédio da prefeitura de Três Lagoas (Foto: TL Notícias)
Policiais levaram malotes apreendidos no prédio da prefeitura de Três Lagoas (Foto: TL Notícias)
Policiais do Gaeco interditaram do 2º ao 5º andar, onde buscaram documentos (Foto: TL Notícias)

Policiais deixaram a pouco a Prefeitura Municipal de Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, com diversos malotes e seguem para a sede do MPE (Ministério Público Estadual) na cidade, de acordo com o jornal TL Notícias. A ação faz parte da “Operação Morteiro”, deflagrada nesta manhã pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Os policiais fizeram ainda filmagens, fotos e oitivas com funcionários e servidores que atuam nas duas secretárias investigadas. Os servidores não puderam entrar para o trabalho, ainda conforme o jornal TL Notícias.

De acordo com o jornal Perfil News, os policiais do Gaeco interditaram do 2º ao 5º andar, onde buscaram documentos. A prefeita de Três Lagoas Márcia Sousa da Costa de Paula está no local e já foi notificada pelo Gaeco, mas neste momento participa de reunião com empresários de uma indústria de papel e celulose da cidade.

Coletiva de imprensa está prevista para as 14h de hoje, quando serão divulgadas mais informações sobre a operação. De acordo com o MPE (Ministério Público Estadual) a operação prevê quatro mandados de busca e apreensão e quatro mandados para que suspeitos compareçam a delegacia para esclarecimentos.

O Campo Grande News entrou em contato, por telefone, com assessoria de comunicação da Prefeitura de Três Lagoas, que informou não ter detalhes sobre as buscas feitas no prédio. A reportagem tentou ainda contato, por telefone, com a prefeita da cidade, que não atendeu.

A operação faz parte de investigação iniciada há dez meses, com denúncias feitas à Promotoria do Patrimônio Público de Três Lagoas, de que empresários teriam fraudado licitações destinadas à contratação de empresas para a realização de eventos. 

A suspeita é de que empresários teriam combinando valores de propostas e orçamentos, para que licitações fossem vencidas por empresas já escolhidas pelo grupo. Conformew o MPE, há evidencias de participação de servidores públicos municipais nas irregularidades. Dentre as licitações com indícios de irregularidade está a que envolveu a contratação de show pirotécnico na última festa de Réveillon em Três Lagoas.

São suspeitas de envolvimento três empresas do ramo de eventos, uma delas em Três Lagoas
e duas em Campo Grande. Três empresários e um ex-servidor público municipal de Três Lagoas foram conduzidos pelos policiais para prestar depoimento, em atendimento à determinação judicial.

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