Interior

Filhote de tamanduá se perde da mãe ao fugir de incêndio e é resgatado na cidade

Para os policiais, o filhote fugiu de área de mata próxima a uma reserva indígena atingida pelos incêndios

Geisy Garnes | 24/08/2021 13:02


Filhote de Tamanduá-mirim foi resgatado do centro de Miranda - cidade a 201 quilômetros de Campo Grande - por policiais militares ambientais na manhã desta terça-feira (24). Perdido da mãe por causa dos incêndios que consomem a vegetação da região, o pequeno animal andava pelas ruas da cidade, quando foi salvo, alimentado e hidratado.

Para os policiais, o filhote habita a área de mata próxima a uma reserva indígena atingida pelos incêndios e se perdeu da mãe ao fugir das chamas. Depois de serem avisados por moradores da cidade, as equipes, juntamente com uma médica veterinária que presta serviços voluntários, resgataram o tamanduá. Ele foi examinado, alimentado e hidratado. Segundo nota, está saudável, porém, não pode ser devolvido à natureza. 

Por ser muito pequeno, o filhote não sobreviveria sozinho e, por isso, será transferido ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Campo Grande. Após tratamento, os profissionais da Centro decidirão sobre o melhor momento da soltura em seu habitat natural.

O filhote foi alimentado e hidratado pelas equipes. (Foto: Divulgação)
O filhote foi alimentado e hidratado pelas equipes. (Foto: Divulgação)

O fogo que destrói as reservas florestais de Mato Grosso do Sul, mata e desabriga animais a cada dia que ganham força com o aumento da temperatura, a falta de chuva e a força dos ventos. Em Bela Vista, um macaco e dois tatus foram encontrados carbonizados pelas equipes de combate as chamas e foram enterrados, uma tentativa de demonstrar a importância da fauna e da flora e de conscientizar a população dos perigos do fogo.

Em meio ao cenário preocupante, militares do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e protetores ambientais, unem esforços para salvar a fauna e impedir que as chamas se espalhem pela flora.

Em Miranda, as equipes da PMA monitoram o incêndio na área indígena, que fica próxima a cidade, para acompanhar os animais que fogem do fogo. "O objetivo é verificar se esses possíveis animais em fuga estão com ferimentos, para que sejam capturados e tratados pela profissional de medicina veterinária, que está disponível durante 24 horas com as equipes", divulgaram.

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