Interior

Família revela medo em buscar informações sobre desaparecido em Iguatemi

Fabiano Arruda | 19/07/2011 12:09

Luiz Carlos Silva Ramires, conhecido como Macarrão, é tido como desaparecido desde setembro de 2005, mas, na semana passada, um email enviado à imprensa deu novo desdobramento à história e o inquérito reaberto pela Polícia Civil.

Com as novas pistas, a família se diz esperançosa e interessada em descobrir detalhes sobre o caso, no entanto, afirma se sentir ameaçada e com medo. Tudo porque Macarrão teria sido morto por um sub-tenente da Polícia Militar.

Em entrevista ao Campo Grande News, uma sobrinha da vítima contou detalhes do caso. Afirmou que Luiz pode ter sido assassinado porque teve um desentendimento com a mulher que convivia à época e que, segundo ela, era ex-esposa de outro PM da cidade.

Embora Luiz tenha passagem pela Polícia por agressão, a sobrinha garante que foi apenas um desentendimento. Ela conta que o tio queria ir embora do Estado na época, estava em Naviraí e voltou a Iguatemi, quando encontrou a mulher e houve desentendimento entre o casal.

A sobrinha diz que era próxima do tio. Conta que testemunhas chegaram a ver um camburão “pegar” Macarrão num bar, momentos depois que a vítima havia se desentendido com a mulher. Ela diz também que, naquele ano, sua família e testemunhas favoráveis a Macarrão já sofriam ameaça durante a investigação sobre o desaparecimento.

Um amigo ligado à família de Macarrão, procurou à família neste mês e, chorando, confidenciou que tem conhecimento de todo o caso, porém, não poderia contar porque “seria um homem morto”, informa a familiar da vítima.

“Minha família tem medo ainda porque não sabe o que vai acontecer. E se a gente descobre quem foi o autor e ele não vai preso, o que pode acontecer?”, reclama.

Investigação - Segundo o delegado de Polícia Civil de Iguatemi, Valter Guelssi, testemunhas já foram ouvidas. “O caso vai evoluir como se fosse novo”, diz.

O processo vai correr em segredo de Justiça determinado pela 1ª Promotoria do município, informa o delegado.

O inquérito tem 30 dias para ser encerrado, mas, por conta da complexidade, deve levar mais tempo para apontar conclusões, já que pode ter prorrogação solicitada pela promotoria.

O homem que enviou o email na semana passada, dando nome e sobrenome, mas que não será identificado, diz que Macarrão foi executado por um sub-tenente, a mando de um político da região depois que teve a sobrinha agredida pela vítima.

O denunciante também indicou o local onde o corpo estaria enterrado.

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