Interior

Famasul diz que índios já invadiram 14 fazendas na região de Sidrolândia

Nícholas Vasconcelos | 07/02/2013 15:01
Fazenda 3 R é uma das 14 propriedades invadias na região de Sidrolândia  e Dois Irmãos do Buriti. (Foto: Arquivo / Campo Grande News)
Fazenda 3 R é uma das 14 propriedades invadias na região de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti. (Foto: Arquivo / Campo Grande News)

A fazenda Querência São José é a 14ª propriedade rural invadida pelos índios Terena na região de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti, segundo a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul). A entidade enviou hoje um ofício para a PF (Polícia Federal) solicitando manutenção da ordem na região

A Querência São José foi ocupada na terça-feira (5) por um grupo de 60 índios, o que levou a proprietária, Maria Lourdes Lopes Bacha, 81 anos, registrar um boletim de ocorrência. Nas duas invasões anteriores a produtora rural conseguiu ganho de causa na Justiça.

Os indígenas pretendem ampliar a aldeia Buriti de 2 mil hectares para 17 mil hectares, enquanto o STF (Supremo Tribunal Federal) veda a ampliação das reservas já demarcadas.

De acordo com a família, a fazenda foi comprada no século 19 e herdada pelos atuais donos na década de 1960. Eles dizem que a situação é tensa e que 500 cabeças de gado já foram abatidas pelos índios nos últimos 16 anos.

Na manhã de hoje, a PF enviou agentes para área invadida para acompanhar funcionários da Funai (Fundação Nacional do Índio).

“A presença da Polícia trouxe um pouco mais de tranquilidade, porque agora temos a garantia de ir e vir”, explicou Paulo Bacha, filho da proprietária.

Os indígenas estavam acampados na fazenda 3R, que também é da família Bacha, e passou para a fazenda vizinha.

A 3R pertence ao ex-deputado estadual e ex-secretário de Fazenda Ricardo Bacha, que acompanha a movimentação no local.

Em 2011, cerca de mil índios armados com arcos e flechas invadiram a fazenda 3R e acamparam na divisa com a fazenda Buriti. Os Terena reivindicam 17 mil hectares na regiãoRelatórios declaram a terra como indígena, mas a posse ainda não foi dada aos índios.

Segundo dados do Sistema Famasul atualmente, são 53 propriedades invadidas no Estado.

 

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