Interior

Equipes de saúde iniciam treinamento para enfrentar febre chikungunya

Helio de Freitas, de Dourados | 13/10/2014 16:40
Agentes de saúde reunidos no CCZ de Dourados para discutir estratégia contra a febre chikungunya (Foto: Divulgação/A. Frota)
Agentes de saúde reunidos no CCZ de Dourados para discutir estratégia contra a febre chikungunya (Foto: Divulgação/A. Frota)

A Secretaria de Saúde de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, já prepara as equipes para combater a febre chikungunya. Agentes de controle de vetores e equipes da atenção básica começam a receber capacitação sobre esse tipo de febre, que é novidade no Brasil.

De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, nesta segunda-feira o coordenador de Controle de Vetores da Secretaria Estadual de Saúde, Gilmar Cipriano Ribeiro, repassou informações obtidas do Ministério da Saúde sobre a doença aos técnicos de Dourados. A partir do encontro, as informações serão multiplicadas para os demais profissionais da saúde pública municipal.

A febre chikungunya é transmitida pelo Aedes albopictus e Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue). O primeiro está presente em 32 cidades e o segundo nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, o que coloca todo o Estado em alerta, segundo Gilmar Ribeiro.

Segundo a Secretaria de Saúde de Dourados, no Brasil todos os casos detectados até o momento foram transmitidos pelo mesmo mosquito da dengue. Diante deste cenário, a prevenção contra os vetores será a mesma já praticada no combate à dengue, com a diferença de que a partir de agora a orientação à população feita em visitas domiciliares vai incluir o alerta contra a febre chikungunya.

De acordo com o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), o mais recente Levantamento do Índice Rápido de Aedes aegypt apontou infestação de 0,3% em Dourados, considerado baixo. Ainda assim a Secretaria de Saúde mantém o alerta aos moradores para que cuidem dos quintais. Com a chegada do verão a proliferação do mosquito tende a aumentar devido às condições climáticas favoráveis.

A febre se dissemina de três a quatro vezes mais rápido do que a dengue e a morbidade também é maior. O paciente sente dores mais fortes e pode demorar de três meses a dois anos para se recuperar. No entanto, a forma de evitar é a mesma: reduzir a presença de focos do mosquito transmissor.

“Não existem vacinas ou remédios que previnam essas doenças, nós tratamos os sintomas. Por isso é importante a população permanecer em alerta e cuidar dos quintais, da eliminação de focos do Aedes aegypti, porque é a forma mais efetiva de evitar as doenças”, explica o gerente do Núcleo de Vigilância Epidemiológica de Dourados, Devanildo de Souza Santos.

TratamentoEquipes da Atenção Básica serão capacitadas para saber diferenciar a dengue da febre chikungunya, que tem sintomas parecidos. O trabalho vai começar nas próximas semanas, após o envio de guias sobre a doença pelo Ministério da Saúde.

O Lacen (Laboratório Central) em Campo Grande também será preparado para a detecção de casos. Para a unidade são encaminhadas as amostras de sangue que vão diferenciar um caso positivo de dengue ou de febre chikungunya.

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