Interior

Em reconstituição, presos por morte de fazendeiro trocam acusações

Dois anos depois do crime, Polícia Civil fez reconstituição ontem no distrito de Itahum; dois índios estão presos pelo crime

Helio de Freitas, de Dourados | 19/08/2015 09:29
Mário Márcio mostra a delegados como ocorreu o crime, na sua versão (Foto: Sidney Bronka/94 FM)
Mário Márcio mostra a delegados como ocorreu o crime, na sua versão (Foto: Sidney Bronka/94 FM)

Valdir da Silva, 51, e Mário Márcio Fernandes, 38, presos no início deste mês pelo assassinato do produtor rural Rubens Pacheco, de 83 anos, ocorrido durante assalto em 9 de julho de 2013, se acusam entre si pela morte. O latrocínio foi em uma fazenda no distrito de Itahum, município de Dourados, a 233 km de Campo Grande.

Na tarde de ontem, a Polícia Civil fez a reconstituição do crime na Fazenda Santa Cecília, onde o produtor rural foi morto a pauladas. Ele morava sozinho. Do local os criminosos teriam levado R$ 800 em dinheiro, uma lanterna e um revólver calibre 38. Rubens chegou a lutar com os assaltantes, mas foi golpeado várias vezes e morreu na varanda. O corpo foi encontrado no dia seguinte, pela filha.

Reconstituição – Ontem à tarde, uma equipe formada por peritos e agentes, comandada pelos delegados Adilson Stiguivitis e Mateus Zampieri, da 1ª Delegacia de Polícia, foi à fazenda, que fica a 60 km da cidade. Os dois confessam o assalto, mas apontam um ao outro pelo assassinato.

A polícia fez a reconstituição com base na versão de cada um dos acusados. Mário Márcio disse que foi Valdir que golpeou o produtor rural com um pedaço de pau e até mesmo com uma muleta de madeira, encontrada na casa. Já Valdir aponta o comparsa como autor do assassinato.

Os delegados afirmaram que a reconstituição ajudou a esclarecer dúvidas e detalhes do crime. Agora o perito vai emitir um laudo e o inquérito será concluído e encaminhado à Justiça. Os dois estão com prisão temporária decretada (mandado válido por 30 dias, prorrogável por mais 30).

Mário Márcio foi preso na aldeia Bororó, em Dourados, onde mora atualmente, e Valdir foi localizado em um acampamento indígena na região.

Valdir da Silva conta sua versão sobre latrocínio ocorrido em julho de 2013, em Itahum (Foto: Sidney Bronka/94 FM)
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