Interior

Em Jaraguari, servidores reclamam de salários abaixo do mínimo

Caroline Maldonado e Luciana Brazil | 14/05/2014 15:37

Servidores da rede municipal de ensino de Jaraguari reclamam que os salários dos setores administrativo e de serviços gerais não são reajustados há seis anos. Funcionários informaram que alguns dos salários do administrativo estão na base de R$ 727, ou seja, apenas três reais acima do salário mínimo, que é de R$ 724. Os funcionários lamentam que com os descontos acabam ganhando menos de um salário mínimo.

De acordo com os servidores entrevistados pelo Campo Grande News, o prefeito afirma que não há como aumentar os salários. Embora a prefeitura negue o aumento, segundo os funcionários, o Diário Oficial divulga todos os meses alguma nova contratação do município, nas áreas de educação e saúde, com salários acima do mínimo.

A presidente do Simteja (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica de Jaraguari), Zenaide Centurião, confirma que desde 2008 não há reajuste salarial. De acordo com Zenaide, o sindicato sempre lutou pelos direitos dos servidores, no entanto, compreende que a prefeitura tem uma baixa arrecadação e por isso não consegue aumentar os salários.

Conforme a Secretaria de Administração, a prefeitura já começou um estudo junto às secretarias para reformar o PCC (Plano de Cargos e Carreiras) dos funcionários. O levantamento será enviado ao Legislativo, como projeto de lei, até o fim de maio, de acordo com a secretaria.

A secretaria admitiu a demora em reajustar o salário dos servidores da educação, porém, atrelou o problema ao ex-prefeito, José Neto Nogueira. Segundo a secretaria, por motivos de saúde, o ex-administrador teria se afastado do cargo, o que o impossibilitou de dar o reajuste. “Mas o estudo já começou e acreditamos que até o fim de maio esse projeto estará na Câmara. Tudo tem que ser feito com muita cautela, analisando as verbas municipais”, afirmou o assistente de administração, Luiz Alberto da Costa.

De acordo com Costa, o atual prefeito Vagner Gomes Vilela (PDT) autorizou contratações recentes, mas todas elas para serviços essenciais. O Simteja confirma a informação de que continuam sendo contratados novos funcionários. “São contratados servidores para limpeza, na educação e saúde, além de médicos e agentes de saúde, pois há pouquíssimos atuando. Agentes de saúde nós nem tínhamos aqui, mas por conta da dengue eles são indispensáveis”, afirma Zenaide.

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