Interior

Em fuga por matar professora a machadadas, assassino abandonou filho há 1 mês

Criança de dez anos estava na casa quando a mãe foi assassinada pelo pai, no mês passado

Alana Portela | 11/05/2021 09:27
Jadir de Souza da Silva com barba, boné na cabeça e uma camisa regata de cor preta. (Foto: Arquivo pessoal)
Jadir de Souza da Silva com barba, boné na cabeça e uma camisa regata de cor preta. (Foto: Arquivo pessoal)

Em fuga após matar a machadadas a professora Telma Ferreira Rabero, 44 anos, Jadir de Souza da Silva, 51 anos, abandonou o filho de dez anos. Um mês depois do assassinato, a criança agora passa por acompanhamento médico para se recuperar do trauma. 

“Está passando por acompanhamento psicológico. Está sendo cuidado pela irmã e uma amiga da vitima que esteve no local do fato”, conta a delegada Thais Duarte, responsável pelas investigações.

A família e amigos de Telma continuam assustados. “Conversei com a irmã e o irmão da vítima, falaram que a criança está bem, mas [eles] têm medo do pai. Ele era muito próximo do filho”. 

Telma Ferreira Rabero ao lado de Jadir de Souza da Silva. (Foto: Arquivo pessoal)

Ontem (10), completou um mês do crime que aconteceu em Sidrolândia, 71 quilômetros de Campo Grande, e chocou a população pela brutalidade do assassinato. Telma foi morta machadadas e golpes de barra de ferro. 

O filho do casal estava no quarto jogando videogame e presenciou o crime. Ele contou que o pai agrediu a mãe com barra de ferro e depois terminou de matá-la utilizando um machado. 

Na época, o menino relatou ainda que o pai guardava uma espingarda em casa. Após matar a esposa, Jadir fugiu. 

“Ninguém sabe e ninguém viu”, diz delegada Thais Duarte sobre o assassino. 

As últimas buscas pelo assassino aconteceram nas últimas semanas em Sidrolândia, após a polícia receber denúncias sobre o possível paradeiro de Jadir. “[Fomos] tanto na fazenda quanto na residência onde ele poderia estar escondido, mas nenhuma das vezes que fomos verificar as denúncias localizamos ele”. 

A polícia chegou a ir até mesmo nas casas de familiares de Jadir que moram em outras cidades do Estado. “Tem irmãos em Nova Alvorada do Sul e em Campo Grande. Fomos em todos os endereços, mas ele não está escondido na casa desses parentes”.

Sem muitos avanços, a delegada vai pedir a prorrogação do prazo das investigações nesta semana para continuar tentando encontrar Jadir. 

O motivo do assassinato em investigação é o fato do autor não aceitar o fim do relacionamento com a vítima. “Ela não queria mais estar com ele, porém não estava aceitando”. 

Após cometer o crime, Jadir fugiu no carro da vítima, um Citroen prata que foi encontrado um dia depois abandonado em uma plantação de milho, perto da antiga estação ferroviária do Piqui, a 45 quilômetros do perímetro urbano de Sidrolândia. 

Desde então, o autor continua foragido e segundo informações policiais, não entrou mais em contato para saber do filho e nem de outros familiares. 

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