Interior

Em Costa Rica, Polícia Civil encontra ossada humana jogada em penhasco

Jeozadaque Garcia | 19/03/2012 23:01
Carcaça de moto foi encontrada junto com a ossada. (Foto: Divulgação/PC)
Carcaça de moto foi encontrada junto com a ossada. (Foto: Divulgação/PC)

Ossos humanos foram encontrados na fazenda de José de Almeida Júnior, conhecido “Dinho”, de 53 anos, na última quinta-feira (15), durante cumprimento de mandado de busca a apreensão realizado por investigadores do Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) em Costa Rica. A informação foi divulgada somente hoje pela Polícia Civil.

A ossada estava próxima a carcaça de uma motocicleta Honda Strada, jogada em um penhasco que tem pelo menos 30 metros de altura e fica a 60 quilômetros de Costa Rica. O local é de propriedade de Dinho e sua esposa, Helena de Fátima Silva Lacerda, de 35 anos. De acordo com denúncias feitas de dentro do Presídio de Segurança Máxima, Dinho matou e desovou os corpos de pelo menos duas pessoas no local.

Os ossos são de uma pessoa adulta e o assassinato ocorreu há mais de quatro anos, de acordo com o delegado Cleverson Alves dos Santos, de Costa Rica. “O cadáver não foi enterrado e sim jogado no penhasco, que é um lugar de acesso extremamente difícil. Ficou ao relento até se decompor totalmente. Da mesma forma a moto não estava enterrada e sim jogada ao relento”, diz.

O crânio apresenta uma perfuração, provavelmente provocada por projétil de arma de fogo. A ossada será enviada para perícia nos próximos dias e só então será possível identificar o sexo e a provável idade da vítima.

Segundo o delegado do Garras, Márcio Shiro Obara, Dinho jogou entulhos e lixo no mesmo lugar em que o corpo foi ocultado. Obara descreve o local como uma furna, com um penhasco de mais de 30 metros de altura, onde há vegetação fechada e o acesso é praticamente impossível.

Dinho está preso desde o dia 27 de abril de 2010 no Presídio Federal, em Campo Grande. Ele é acusado de mandar matar o advogado Nivaldo Nogueira, assassinado com um tiro no dia 23 de março de 2009, em um bar de Costa Rica.

Ainda conforme a Polícia Civil, ele já articulou assassinatos e fugas em massa de dentro do presídio. Há denúncias ainda de que planejava matar um juiz, um delegado, promotor de justiça e uma investigadora de polícia, todos envolvidos nas investigações que elucidaram a morte do advogado Nivaldo.

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