Interior

"Ele vai ficar aqui sofrendo", diz mãe que gravou vídeo dando tapas em bebê

Caso aconteceu em Maracaju. Mulher havia brigado com o marido e mandou vídeo em que diz ter dado tapas em criança, que chora

Marta Ferreira e Viviane Oliveira | 17/12/2020 13:17

 


O Campo Grande News teve acesso ao vídeo em que mulher de 22 anos maltrata um bebê de 11 meses, gravado por ela mesma, e enviado para o marido, na cidade de Maracaju.  São 40 segundos nos quais a mãe diz que a criança vai “ficar sofrendo” porque o pai “colocou filho no mundo para sofrer”.

É possível ver que a criança chora, chega a engasgar, mas a mãe ignora e até dá um safanão no menino, além de dizer que acabou de dar “dois tapões” nele.

O material foi mandado para o pai do menino quando ele estava fora de casa. O casal havia discutido. 

Não quer ver? Não quer ver então? Não quer ouvir o áudio dos dois tapões que eu dei nele?”, começa a jovem, segurando a criança e mostrando as costas do menino.

Ela repete a pergunta e depois acrescenta.

“Você colocou filho para sofrer no mundo. Porque você não presta”.

No fim da gravação, ela diz não ligar se houver denúncia aos órgãos oficiais de proteção à criança.

Vai lá, mostra para o Conselho Tutelar, escambau a quatro”, diz. “Estou pouco se f., tô pouco me lixando”, completa.

 Levada para a delegacia de Polícia Civil, ela admitiu ter gravado o vídeo em um momento de descontrole após a briga com o marido. 

Foi ouvida, enquadrada no crime de maus-tratos, e liberada. Essa tipificação é considerada de menor potencial, com pena máxima de dois anos de prisão.

Agora, a mãe responder ao inquérito em liberdade, mas sob monitoramento do Conselho Tutelar.

A delegada responsável pelo caso, Gláucia Fernanda Valério, informou que a criança não apresentava qualquer marca no corpo e que a situação na qual vive foi  verificada, sem identificar vulnerabilidade, como falta de alimentos ou descuido com a higiene, por exemplo.

O casal mora com a avó materna, que se comprometeu a monitorar os cuidados com a criança. 

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