Interior

Polícia retira da mãe os dois irmãos de bebê morto pelo padrasto

Viviane Oliveira | 01/10/2014 12:15
Juliano está preso na delegacia, onde o caso é investigado. (Foto: Edição de Noticias)
Juliano está preso na delegacia, onde o caso é investigado. (Foto: Edição de Noticias)

Os dois irmãos do bebê de 2 anos e 5 meses que foi espancado até a morte nesta terça-feira (30), pelo padrasto Juliano Plácido Ferreira, 21 anos, foram levados para um abrigo da cidade. O crime aconteceu no Jardim Vaticano, em Rio Verde de Mato Grosso, distante 207 quilômetros de Campo Grande. As crianças têm 5 anos e 2 meses, apenas o mais novo é filho da mãe com o agressor.

A mãe das crianças, uma jovem 20 de anos, foi ouvida pela polícia, mas foi liberada. Ao delegado, a mulher confessou que o marido sempre foi agressivo com os filhos, mas ele alegava que batia para corrigi-los. As crianças foram tiradas da mãe enquanto o caso é investigado. 

A cidade, com pouco mais de 16 mil habitantes, amanheceu perplexa. A mãe não quis falar sobre o caso com a imprensa. Alegando falta de dinheiro, a jovem chegou a comentar no bairro que não vai fazer o velório da criança. Os vizinhos ofereceram ajuda, mas a mulher recusou.

O caso - O bebê deu entrada por volta das 17h no hospital da cidade já em parada cardiorrespiratória e a suspeita é de que o menino tenha sido espancado pelo padrasto. Juliano foi preso em flagrante, mas não confessou a agressão.

O crime aconteceu quando a mãe foi levar o filho do casal, de 2 meses, para vacinar em uma unidade de saúde na parte da manhã. Ao chegar em casa, a mãe, perguntou do filho e o padrasto disse que o menino almoçou e dormiu.

A criança estava coberta por um lençol no berço. Depois de um tempo a mulher estranhou que o menino ainda continuava dormindo e por volta das 17h tentou acordá-lo, mas o bebê não reagia.

Ela pediu ajuda de uma vizinha e levou a criança para o Hospital Municipal, mas a criança morreu pouco tempo depois de dar entrada. O padrasto contou no local que a criança havia caído no banheiro.

O menino estava cheio de hematomas pelo corpo e a equipe médica acionou o Conselho Tutelar e as polícias Militar e Civil. A mãe acabou confessando que o marido agredia as crianças e que ela sofria ameças para não denunciá-lo. Juliano está preso em uma das celas da Delegacia de Polícia Civil do município, onde o caso está sendo investigado. (Colaborou Sheila Forato, de Rio Verde). 

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