Interior

População cobra presença de Bombeiros em Sidrolândia

Jorge Almoas e Ricardo Campos Jr. | 24/12/2010 14:02

Incêndio em comércio evidencia necessidade de corporação no município

Chamas foram controladas com uso de 47 mil litros de água (Foto: João Garrigó)
Chamas foram controladas com uso de 47 mil litros de água (Foto: João Garrigó)

O fogo que destruiu boa parte do centro comercial Nutri Shopping em Sidrolândia, município a 71 quilômetros, trouxe à tona a necessidade que os moradores sentem de uma corporação do Corpo de Bombeiros na cidade. De acordo com a população, as viaturas dos bombeiros demoraram cerca de 1 hora para vir de Campo Grande.

Alguns moradores dizem que a prefeitura chegou a solicitar um destacamento do Corpo de Bombeiros, mas que uma indecisão a respeito do local onde seria instalado, não fez com que o projeto fosse levado adiante.

O Corpo de Bombeiros contabiliza gasto de 47 mil litros de água para conter as chamas, que, a princípio, tiveram início na padaria do centro comercial. Foram 27 mil litros dos dois carros do Corpo de Bombeiros, 10 mil de uma terceira viatura e cinco mil de mais um veículo.

A prefeitura de Sidrolândia destacou dois caminhões pipa e algumas propriedades rurais também enviaram quantidades de água em caminhões pipa para ajudar no controle do incêndio.

Na véspera do Natal, o trágico acontecimento movimentou o centro de Sidrolândia. Muitas pessoas acompanhavam o incêndio das ruas e do terminal rodoviário que fica ao lado. Celulares e câmeras digitais foram usados para registrar este que é considerado o maior incêndio da história de Sidrolândia.

“Nunca vi nada desse jeito por aqui. A cidade está crescendo e está mais do que na hora de ter um Corpo de Bombeiros para nós”, comenta o serralheiro Gilenno Barreto Fagundes.

A opinião de Gilenno é referendada pela dona de casa Dionízia Rojas, de 56 anos. Ela já trabalhou no Nutri Shopping e se diz muito comovida com a tragédia.

“O Corpo de Bombeiros demorou demais. A véspera do Natal perdeu o encanto com esse acidente. Imagina o dono, que é tão gente boa, o tanto que deve estar sofrendo”, afirma Dionízia.

Diego Foscaches Pavei, de 21 anos, filho do proprietário do centro comercial, ainda não conseguiu calcular o prejuízo do negócio da família. Mas adianta que o prédio tem seguro.

“Eu acredito que possa ter havido um curto-circuito na câmara fria, e o fogo subiu para o forro de PVC. No momento do incêndio só tinha funcionários trabalhando”, contou Diego.

Algumas pessoas tentaram entrar no prédio durante o incêndio para retirar fogos de artifício, o que poderia causar uma explosão, mas nada foi encontrado.

Um dos bombeiros que trabalha no controle do incêndio adiantou ao Campo Grande News que a maior parte do trabalho foi concluída.

“Estava controlado, mas acho que não vou cear em casa esta noite”, lamentou o bombeiro, acrescentando que há risco de desabamento no local.

No centro comercial trabalham 100 pessoas.

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