Interior

Detentos do maior presídio de MS reduzem pena fabricando 4 mil bolas por mês

Trabalho feito por 200 custodiados garante remuneração e remição de um dia na pena a cada três de serviços prestados

Helio de Freitas, de Dourados | 31/07/2017 13:41
Detento da PED trabalha na confecção de bola (Foto: Divulgação/Agepen)
Detento da PED trabalha na confecção de bola (Foto: Divulgação/Agepen)

Maior presídio de Mato Grosso do Sul, a PED (Penitenciária Estadual de Dourados) está produzindo quatro mil bolas esportivas por mês através do trabalho manual de 200 internos. A fabricação e costura de bolas esportivas geram oportunidade de trabalho para os internos e geram renda para os presos através da parceria estabelecida pela divisão de trabalho da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).

A fabricação de bolas usadas em competições de futebol, handebol e futsal é feita na oficina de trabalho do presídio e inclui corte e serigrafia do material, costura manual das peças e acabamento final.

Além de permitir o aprendizado de uma nova profissão, a confecção de bolas esportivas garante remuneração aos detentos e remição de um dia na pena a cada três de serviços prestados. A empresa que fez a parceria com a Agepen informou que as bolas costuradas no presídio são de qualidade e usadas em importantes campeonatos das regiões sudeste e nordeste do país.

O diretor da penitenciária, Manoel Machado da Silva, disse que a expectativa é chegar a 300 internos atuando na fábrica e atingir a meta de 10 mil bolas produzidas por mês. “O trabalho para o homem encarcerado possibilita ocupar o tempo ocioso de forma produtiva, elevando sua autoestima, principalmente, quando se trata de labor remunerado, onde poderá auxiliar sua família e sua subsistência”.

Outras atividades – Por meio de parcerias firmadas com a Agepen, a PED oferece outras oportunidades de trabalho aos internos, como a marcenaria, onde os internos transformam madeiras de demolição em móveis.

O trabalho remunerado também é desenvolvido nas áreas de costura industrial e de serigrafia. Na estrutura montada dentro do presídio, internos fazem do corte ao acabamento das peças. No local são feitas camisas, calças e sacolas de viagem.

A horticultura, que agrega mais valor nutricional e qualidade na alimentação dos internos, é outra iniciativa de trabalho voltada aos internos da PED.

Para Manuel da Silva, o trabalho prisional dentro da PED tem sido uma ferramenta eficaz para levar novas perspectivas de vida a custodiados, além de contribuir para a disciplina interna e favorecer o processo de reinserção social.

Produção de cadeiras de fio, produtos de higiene e limpeza e a confecção de tijolos ecológicos devem ser implantadas em breve.

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