Depois de simulação, Polícia tem 2 versões para morte de tenente em Cassilândia
Segundo o delegado, a Polícia aguarda agora o laudo pericial, que deve demorar ainda 10 dias
Depois da simulação do assassinato do tenente Mário José Eufrásio da Silva, 49 anos, morto no último dia 15, em Cassilândia, cidade distante 418 quilômetros de Campo Grande, a Polícia tem duas versões para a morte do comandante da PM.
Segundo o site Cassilândia News, o delegado da Polícia Civil de Cassilândia, Rodrigo de Freitas, afirmou que as versões foram descritas pelo acusado e por testemunhas na última sexta-feira durante a simulação do crime.
Na versão do suspeito, o soldado Adriano Paulo da Silva, 34 anos, conhecido como Paulão, ele teria efetuado um disparo de dentro da casa, saído e ido para o lado direito da residência.
A vítima teria corrido para este lado também, onde tem um corredor estreito, e lá o soldado teria efetuado mais um disparo. Depois, Paulo teria ido para o lado esquerdo da casa, visto o tenente e dado dois tiros, que segundo ele, foram para cima.
Posteriormente, Paulo correu novamente para o lado direito da residência, e quando estava chegando perto do corredor, eles trombaram e ele o acusado teria escutado um ou dois disparos nas costas, momento em que efetuou um disparo contra o tenente para soltá-lo.
Isso porque, segundo relatos do delegado, o tenente havia segurado as mãos do soldado. O tiro teria atingido o tenente. O policial militar Caleghari teria conversado com ele dizendo que ele estava preso e ele dado as mãos para ser preso. Esta é a versão do Paulo, relatou o delegado.
A versão dos policiais militares que testemunharam o crime é um pouco diferente.
De acordo com relato de testemunhas, Paulo estava dentro da residência e de lá, após a discussão com o tenente Eufrásio, desferiu um disparo de arma de fogo contra o tenente. Este disparo atingiu o portão, munição que foi encontrada pela Polícia.
Os policiais disseram que neste momento, de dentro da residência para fora, Paulo não correu para o lado direito e sim para o esquerdo. O tenente correu para o lado esquerdo e foi para trás da casa e o soldado correu pelo lado esquerdo e deu mais dois disparos atrás do tenente. Estes disparos também não atingiram o tenente.
Então o Paulo voltou correndo para o lado direito da residência e o tenente Eufrásio deu a volta. Lá, num canto, na parte da frente da residência, eles colidiram. Na hora que entraram em confronto na parte da frente, o tenente Eufrásio segurou as mãos do Paulo, contou o delegado.
Rodrigo Freitas, responsável pelas investigações diz ainda não saber se antes ou depois que o tenente segurou as mãos de Paulo houve mais um disparo.
Segundo o delegado, a Polícia aguarda agora o laudo pericial, que deve demorar ainda 10 dias.
O resultado do laudo necroscópico nos dois projéteis, que atingiram a cabeça e a barriga do tenente, indicam que saíram de uma arma calibre 40.
Tanto a perícia da simulação quanto da balística das armas de fogo, vão apontar qual calibre matou o comandante.
O acusado disse que só disparou porque ele escutou um primeiro disparo. Nesse momento o policial tentou um tiro que pode ter atingido a cabeça do policial.
O juíz já converteu o inquérito em prisão preventiva.