Interior

Demora em atendimento na Receita deixa caminhões parados por até 5 dias

Viviane Oliveira | 18/12/2014 11:41
Tem dia que cerca de 150 caminhões chegam a ficar na fila esperando atendimento na Receita Federal. (Foto: César Galeano)
Tem dia que cerca de 150 caminhões chegam a ficar na fila esperando atendimento na Receita Federal. (Foto: César Galeano)

Centenas de caminhoneiros ficam parados por até 5 dias esperando a liberação da carga na Receita Federal, em Mundo Novo, na divisa com o Paraguai, distante 476 quilômetros de Campo Grande. Diariamente dezenas de caminhões entram e saem do Brasil, no entanto, nos últimos dias a demanda na fiscalização aumentou devido a paralisação no Porto Santa Helena, no Paraná.

Os motoristas que ficam até uma semana parados para seguir viagem reclamam da demora e da precariedade da Receita Federal. O pátio destinado a estacionamento está lotado e alguns caminhoneiros acabam parando as carretas às margens da BR-163.

Na última terça-feira (16), os caminhoneiros que aguardavam a liberação para seguir viagem, fizeram uma manifestação em frente a Inspetoria da Receita pedindo agilidade no despacho. Tem dia que cerca de 150 caminhões chegam a ficar na fila esperando atendimento.

O inspetor chefe da Receita Federal do município, Clóvis Ribeiro Cintra Neto, em entrevista ao site de notícias de Mundo Novo, atribuiu o problema a falta de funcionários, as obras da nova aduana que passa por reforma e ao porto de Santa Helena, que está sem navegabilidade.

Segundo Clóvis, dez novos servidores foram admitidos, porém o número ainda fica abaixo das necessidades. Ele disse ainda que o comércio exterior aumentou muito neste fim de ano e como o rio Paraná está sem navegabilidade, os carreteiros utilizavam o posto fronteiriço de Mundo Novo, congestionando e agravando o despacho. Vários documentos, como do veículo e da carga, são necessários para que o serviço seja agilizado. 

Conforme um dos proprietários da KM transportes, Otávio Luiz Rodrigues, as leis precisam ser mudadas para facilitar o transporte de cargas. “O custo sempre estoura na transportadora. Além das leis, as tecnologias precisam ser usadas para facilitar tanto a exportação quanto a importação”, diz. Colaborou o jornalista César Galeano, de Mundo Novo.

Nos siga no