Interior

CPI ouve tesoureiro, contador e diretor de hospital em Corumbá

Nicholas Vasconcelos | 18/06/2012 19:21

Vereadores analisam inquérito para saber próximos convocados.

Os integrantes da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara de Corumbá que apura as denúncias da operação Decoada da PF (Polícia Federal) deram início aos trabalhos nesta segunda-feira (18) ouvindo o tesoureiro, o contador e o diretor do Hospital de Caridade do município.

De acordo com o vereador Marcos de Souza Martins (PT), relator da comissão, os trabalhos da comissão foram divididos em eixos temáticos: o primeiro foi a saúde, seguido pela educação e carnaval.

“Hoje nós recebemos a cópia do inquérito, amanhã vamos analisar os documentos e a partir daí convocar novos depoimentos”, declarou.

Os membros ouvidos pela CPI informaram sobre a situação técnica do hospital, como valor de repasses, situação financeira, repasses feitos pela Prefeitura, interventora da unidade. A comissão é presidida pelo vereador Oséas Ohara de Oliveira (PMDB)e também pelo vereador Antonio Vianna Galã (PMDB), vai levantar a situação da unidade hospitalar de 2005 até 2012.

“Precisamos saber quem assinava os cheques, a prioridade dos pagamentos, repasses efetuados pelo pode público, assim como repasses do carnaval e partidas de futebol beneficentes”, esclareceu Martins.

Operação Decoada - Deflagrada no dia 31 em maio pela PF, prendeu o secretário de Finanças e Administração, Daniel Martins Costa; o ex-presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Rodolfo Assef Vieira, que deixou o cargo para disputar as eleições; o assessor de gabinete, Carlos Porto; e a gerente II da Secretaria de Gestão Governamental, Camila Campos Carvalho Faro. Todos já estão em liberdade.

O secretário de Finanças e Carlos Porto foram afastados de suas funções pela Justiça. A lista de afastamentos ainda inclui o secretário municipal de Saúde, Lauther Serra; diretor da junta interventora do Hospital de Caridade, Vitor Salomão Paiva; e os servidores Osana de Lucca, Márcio Androlage Chaves e Maria Vitória da Silva.

De acordo com o delegado da PF, Alexandre do Nascimento, as prisões e afastamentos foram por indícios de participação no esquema para lesar os cofres públicos. As fraudes envolvem milhões de reais em recursos federais. Escutas telefônicas apontam indícios de fraudes na área de Saúde e superfaturamento de show.

Segundo o prefeito Ruiter Cunha (PT), vários casos apontados como fraudes licitatórias e desvio de verbas pela CGU já foram rebatidos e esclarecidos pelos técnicos da prefeitura de Corumbá.

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