Interior

Confecção de chinelos decorados pode virar fonte de renda para detentos

Alan Diógenes | 20/06/2014 23:30
A arte envolve técnicas de bordado, macramê, pintura e decupagem. (Foto: Keila Oliveira)
A arte envolve técnicas de bordado, macramê, pintura e decupagem. (Foto: Keila Oliveira)

Reeducandos do Estabelecimento Penal Masculino de Coxim estão aprendendo a trabalhar com decoração de chinelos. A arte envolve técnicas de bordado, macramê, pintura e decupagem, e está sendo encarada pelos detentos “aprendizes” como uma forma de garantir ocupação produtiva e rentável para toda a família.

Com duração prevista de três meses, a qualificação é desenvolvida no presídio por meio de parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e o Conselho da Comunidade de Coxim, que disponibiliza os recursos necessários. As aulas acontecem no próprio solário e são divididas por turmas; alguns internos, por conta de questões de segurança, recebem aulas mais individualizadas.

Administrado pela Agepen há pouco mais de dois anos, o Estabelecimento Penal Masculino de Coxim já recebeu nesse período uma série de melhorias em sua estrutura de segurança, como a construção de um muro com 4,5 metros de altura e instalação de câmeras de monitoramento; e está em fase de projeto uma ampliação em mais de 100 vagas ainda este ano, com obra realizada por meio de parceria entre a Agepen e a Coordenadoria das Varas de Execução Penal (Covep), do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Além da melhoria em sua estrutura, a unidade prisional vem recebendo vários projetos de reinserção social, como a confecção de brinquedos pedagógicos pelos internos, que são distribuídos a creches e escolas públicas da região, e o projeto “Uma Porta Aberta para o Futuro”, que consiste no empréstimo de obras literárias aos reclusos e na produção de textos sob orientação, escrevendo desde gibis, histórias infantis a romances e letras de músicas.

Atualmente, os detentos têm direito a ensino regular oferecido dentro do presídio com uma extensão da Escola Polo Regina Anffe Nunes Betine, dotada de biblioteca; participam também de atividades esportivas, culturais e artísticas; cursos profissionalizantes e de trabalho que garante remição de um dia na pena a cada três de serviços prestados, uma das opções de trabalho é a cozinha industrial terceirizada instalada na unidade, que ocupa mão de obra remunerada dos próprios presos. Uma padaria também deverá ser instalada no local.

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