Interior

Com reforço de produtores do PR, fazendeiros protestam contra Funai

Aline dos Santos | 06/04/2013 11:00
Produtores dos dois Estados se reuniram em Tacuru. (Foto: Divulgação)
Produtores dos dois Estados se reuniram em Tacuru. (Foto: Divulgação)

Com reforço de colegas Paraná, os produtores rurais de Mato Grosso do Sul realizaram audiência pública ontem em Tacuru para contestar a atuação da Funai (Fundação Nacional do Índio) no processo de demarcação de terras indígenas.

De acordo com o diretor secretário da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Ruy Fachini, a ação da Funai, além de não beneficiar os indígenas, provoca desvalorização da terra, afasta investimentos e desestimula o agronegócio.

A audiência contou com a presença de 200 produtores rurais do Paraná, que vieram ao Estado em seis ônibus. Eles participaram de carreata desde a entrada de Tacuru, a 427 km de Campo Grande, até o ginásio municipal, local da reunião. O manifesto dos produtores do dois Estados tem, inclusive, adesivo. A campanha é “PR e MS contra demarcação”.

Também participaram da audiência os presidentes dos sindicatos rurais de Laguna Carapã, Sete Quedas, Porto Murtinho, Iguatemi, Amambai, Tacuru, Ponta Porã, Bela Vista, Itaporã, Vicentina, Fátima do Sul e Dois Irmãos do Buriti. O debate foi acompanhado por prefeitos e pelos deputados estaduais Zé Teixeira (DEM), Mara Caseiro (PTdoB) e Lídio Lopes.

A Funai realiza estudos antropológicos para demarcação de áreas indígenas em Mato Grosso do Sul. A briga de parte dos produtores é para que a União os indenize pela terra nua. Atualmente, em caso de identificação de uma área, apenas as benfeitorias são indenizadas aos fazendeiros.

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