Com protesto por justiça, família se despede de estudante esquartejado
Com caixão no caminhão dos bombeiros, cortejo passou pelo Palácio de Justiça até chegar ao cemitério de Pedro Juan

Protesto cobrando justiça marcou o adeus ao estudante brasileiro Alex Ziole Areco Aquino, 14, nesta manhã em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.
Familiares e amigos saíram às ruas para acompanhar o caminhão dos bombeiros que levou o caixão com o corpo do adolescente, sequestrado, assassinado a tiro e esquartejado.
O corpo foi queimado e enterrado em uma cova rasa, depois desenterrado e deixado dentro de um tambor de plástico, encontrado no rodoanel de Ponta Porã, na quinta-feira (5).
Acompanhado pelo prefeito de Pedro Juan Caballero Carlos Acevedo e pelo governador do departamento (equivalente a estado) de Amambay, Ronald Enrique Acevedo Quevedo, o cortejo parou em frente à sede do Ministério Público e do Palácio da Justiça, onde houve protesto para cobrar o pleno esclarecimento do crime.
Familiares e amigos usavam camiseta branca com a foto do garoto e a frase “#Todos por Alex”. O corpo foi enterrado no cemitério de Pedro Juan Caballero.
Veja o vídeo do cortejo:
Na quinta-feira, a mãe de Alex, a pontaporanense Roselaine Areco, pediu que o caso seja acompanhado pela polícia e pela Justiça do Brasil por não confiar no sistema judicial do Paraguai.
Quatro brasileiros que moram em Pedro Juan Caballero – três adultos e o adolescente de 16 anos, envolvido na briga que teria sido o motivo para o assassinato de Alex – estão detidos.
Diana Pimentel Acosta, Denise Pimentel Acosta e o adolescente, todos irmãos, foram encontrados em uma casa no bairro San Gerardo, na quinta-feira. Ontem de manhã, Genaro Lopes Martins, marido de Diana, se entregou à polícia.
Ele é apontado por policiais das duas cidades como material do sequestro e do assassinato. Todos negam envolvimento no crime, que chocou moradores das duas cidades, acostumados com a violência diária.