Cassação de vereador acusado de bater na mulher demora até 60 dias
Denúncia contra Diego Carcará será analisada pela Comissão de Ética da Câmara de Fátima do Sul

O processo de cassação do vereador Diego Candido Batista (PSD), o “Diego Carcará”, deve demorar de 45 a 60 dias para ser concluído depois de começar a tramitar na Câmara de Fátima do Sul, cidade a 239 km de Campo Grande.
Preso no dia 23 de janeiro deste ano acusado de bater na mulher e na enteada com chinelo, ele ficou 19 dias na cadeia, mas reassumiu a cadeira no Legislativo no dia 3 deste mês.
O pedido de abertura de processo de casacão por quebra de decoro parlamentar foi protocolado ontem (7) pelos vereadores Nilsinho Construtor e Silvana Vasconcelos (ambos do MDB).
Havia expectativa de que a denúncia fosse lida na sessão de hoje de manhã, mas a Câmara optou priorizar as homenagens pelo Dia Internacional da Mulher e vai incluir o caso na pauta da sessão da próxima terça-feira (15).
Ao Campo Grande News, o presidente da Câmara Ermeson Cleber Mendes (PDT) explicou que após a leitura em plenário, o pedido de cassação será encaminhado para a Comissão de Legislação, para parecer sobre a constitucionalidade da denúncia.
Se aprovado pela Comissão de Legislação, o requerimento volta para a Mesa Diretora e depois vai para a Comissão de Ética, responsável em conduzir o processo de cassação.
Após analisar as provas e ouvir depoimentos, a Comissão de Ética vai emitir seu parecer pedindo a cassação ou arquivamento. A votação será em plenário, de forma secreta.
Quebra de decoro – O pedido de cassação é baseado no artigo 35 da Lei Orgânica Municipal. Os vereadores emedebistas afirma que as provas contra Diego Carcará são suficientes para embasar o pedido de cassação. “Seu comportamento é obviamente incompatível com o decoro parlamentar”.
Corretor de imóveis e vereador pelo segundo mandato, Diego Carcará tem 33 anos de idade e foi preso acusado de agredir a chineladas a então esposa, de 31 anos, e a enteada, de 12. A mulher disse que ele estava bêbado, mas em depoimento à polícia ela relatou outros episódios de agressões físicas e morais.
Diego Carcará exerce normalmente o mandato, mas está proibido pela Justiça de frequentar bares, não pode sair depois das 18h de casa e precisa manter distância mínima de 100 metros da mulher.