Interior

Cacique faz funcionário refém contra posse de diretora em escola indígena

Caroline Maldonado | 17/12/2015 15:38
Supervisor de Gestão Escolar, José Borges, está impedido de deixar a escola (Foto: O Pantaneiro)
Supervisor de Gestão Escolar, José Borges, está impedido de deixar a escola (Foto: O Pantaneiro)

A eleição de uma professora não-indígena para a direção de uma escola revoltou lideranças da aldeia urbana Aldeinha, em Anastácio, a 135 quilômetros de Campo Grande. Para protestar, desde a manhã de hoje (17) os índios fazem refém o supervisor de Gestão Escolar José Borges da Silva.

Eles solicitaram a presença da subsecretária de Políticas Públicas para População Indígena, Silvana Dias de Souza Albuquerque, com quem negociam a liberação do funcionário, desde que seja feita nova eleição.

As lideranças não permitiram a entrada da professora eleita, Sueli Lopes de Oliveira, na Escola Estadual Indígena Guilhermina da Silva. Por isso, o supervisor foi até o local.

A subsecretária, que estava em Miranda, foi para Aldeinha e agora conversa com o cacique Eneias para ouvir as reivindicações. Ele disse à ela que vai liberar o supervisor caso seja encaminhado um documento à SED (Secretaria de Educação) solicitando anulação da última eleição para diretor. Várias pessoas da comunidade participam do encontro. 

Segundo o jornal O Pantaneiro, os indígenas relataram que as cédulas não davam opção de voto na candidata desejada pela comunidade. Conforme o cacique, a recém eleita diretora não teria o procurado e já está contratando professores, causando desentendimento entre os índios.

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