Interior

Bando que roubou banco de MS pode ser o mesmo que agiu em MT há 20 dias

Quadrilha também explodiu banco em Alto do Taquari, no Mato Grosso, no dia 19 de abril

Luana Rodrigues | 11/05/2017 14:30
Destroços mostram o que restou da agência. (Foto: Lucas dos Anjos/ Tribuna Livre)
Destroços mostram o que restou da agência. (Foto: Lucas dos Anjos/ Tribuna Livre)

Policiais investigam se uma quadrilha fortemente armada que invadiu uma agência da Caixa Econômica Federal na madrugada do dia 19 de abril, em Alto Taquari, no Mato Grosso - distante 471 quilômetros de Campo Grande - foi a mesma que explodiu uma agência em Paranaíba, nesta quarta-feira (10).

A suspeita se dá devido aos fatos de as duas cidades onde os bancos foram invadidos ficarem a uma distância de apenas 335 quilômetros, além de que o modo como os criminosos agiram nos dois locais foi o mesmo.

De acordo com o delegado Fabio Peró, do Garras (Delegacia Del. Especializada Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), ainda não há pistas dos bandidos dos roubos em MS, mas como o bando agiu na modalidade Novo Cangaço, a polícia local trabalha conjunto com a de MT. “Ainda está muito cedo para dizer que se trata da mesma quadrilha, mas como o modo é semelhante, vamos investigar”, disse.

Assim como em Paranaíba, o bando que roubou em Alto do Taquari estava armado com fuzis e agiu por volta das 3h da manhã. Enquanto uma parte invadiu e explodiu os caixas eletrônicos, outra fez uma barreira próxima à base da polícia e efetuou os disparos.

Situação que ficou agência em Alto do Taquari. (Foto: Polícia Civil MT)

Os criminosos estavam com máscaras, coletes a prova de balas e roupas camufladas. A polícia ainda informou que os ladrões estavam em dois veículos. Durante a fuga, eles ainda deixaram na agência várias notas espalhadas.

Abusados e violentos, os bandidos estavam usando dois carros de alto luxo, uma camionete modelo Hilux da Toyota, e um carro modelo Ford Fusion.

A Polícia não confirma, mas a quadrilha teria roubado mais de R$ 500 mil, e duas armas de fogo calibre 38 que seriam dos seguranças da agência, conforme sites locais.

Em torno de sete a dez bandidos participaram do roubo e a suspeita da polícia mato-grossense era de que os criminosos tivessem fugido para o município de Costa Rica, em Mato Grosso do Sul.

Novos cangaceiros - Essa nova categoria de assaltos a bancos vem causando terror nas cidades interioranas brasileiras. O modus operandi do “novo cangaço” tem semelhança com o velho. Este, não raro, fazia uso de reféns; o bando também era grande, de 10 a 15 membros; e preferia atacar pequenas cidades.

Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, foi um cangaceiro brasileiro, que atuou em quase todo o Nordeste. Ele e seu bando conseguiram dominar o sertão durante anos. Os cangaceiros tinham modo destemido de atuação.

Era um grupo organizado que não se estabilizava em uma cidade. Atuava fortemente armado, sitiava o local e fazia a polícia refém das suas ações. Os cangaceiros de Lampião gostavam de desafiar os policiais. O mesmo acontece atualmente nos ataques às agências bancárias no interior do Nordeste.

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