Interior

Bandidos do PCC usavam fuzis 7,62, pistolas 9 milímetros e revólveres 38

Armas longas e pistolas são dos mesmos calibres usados em várias execuções na fronteira

Helio de Freitas, de Dourados | 12/01/2021 10:48
Fuzis, pistolas, revólveres e munições apreendidos com bandidos do PCC abatidos pela polícia (Foto: Divulgação)
Fuzis, pistolas, revólveres e munições apreendidos com bandidos do PCC abatidos pela polícia (Foto: Divulgação)

Dois fuzis calibre 7,62, três pistolas 9 milímetros e três revólveres calibre 38 foram apreendidos com os oito membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), mortos em confronto com policiais sul-mato-grossenses em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande. Também foi encontrada grande quantidade de munição de vários calibres.

Os fuzis e as pistolas são dos mesmos calibres usados em dezenas de execuções ocorridas nos últimos meses na Linha Internacional entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, inclusive em duas chacinas, uma no distrito de Sanga Puitã e outra do lado paraguaio, no final do ano passado.

Os confrontos da polícia com os suspeitos ocorreram entre a noite de ontem (11) e a madrugada desta terça-feira. Em uma casa no bairro Julia Cardinal, na saída de Ponta Porã para Dourados, seis bandidos foram feridos e morreram a caminho do hospital. Outros dois conseguiram fugir, mas também foram mortos horas depois por policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e do Bope da Polícia Militar.

Até agora, apenas dois mortos foram identificados, os paraguaios Edson Prieto Davalos, de 27 anos, e Oscar Ruben Cardozo Delvalle, 32. Eles possuíam documentos de identificação e também foram reconhecidos por familiares.

Os corpos estão na capela mortuária do município, já que o IML (Instituto Médico Legal) de Ponta Porã está fechado para reforma. Peritos da Polícia Civil permanecem no local tentando identificar os outros seis mortos, mas o trabalho deve demorar.

Segundo o delegado regional da Polícia Civil em Ponta Porã, Clemir Vieira, existe suspeita de que os documentos usados pelos bandidos ainda não identificados são falsos. Com isso, a identificação só será possível através das impressões digitais.

Capela mortuária de Ponta Porã, para onde corpos foram levados (Foto: Direto das Ruas)


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