Interior

Aulas em assentamentos de Corumbá começam com três meses de atraso

Angela Kempfer | 10/05/2011 17:30
Alunos têm aula sob árvore, no Tamarino. (Foto MPF)
Alunos têm aula sob árvore, no Tamarino. (Foto MPF)

Aulas em assentamento de Corumbá começam com 3 meses de atraso

Sem condições de chegar à escola, centenas de alunos de 3 assentamentos de Corumbá só devem começar o ano letivo na segunda quinzena deste mês. As estradas de acesso estão tão ruins, que os ônibus escolares não conseguem chegar.

Para resolver o problema, o Ministério Público Federal fechou acordo com as Secretarias Municipais de Educação e Infraestrutura de Corumbá, para a restauração emergencial das estradas da região e obras em alguns prédios.

Em vistoria no dia 26 de abril, o MPF encontrou escolas fechadas, classes com três alunos onde deveria haver 20, uma frequência de apenas 35% dos alunos matriculados. O órgão também encontrou deficiências como aulas sob árvores e condições insalubres na escola do Tamarineiro.

A escola Eutrópia Pedroso, que atende os assentamentos I e II-norte e Paiolzinho, estava fechada, mas a prefeitura se comprometeu a reabri-la e depois fazer a reforma.

No local, dos 140 alunos matriculados, apenas 50 compareceram, ou 35% do total. Na primeira série, onde deveria haver 20 crianças apenas 3 assistiam aula naquele dia.

“A principal estrada de acesso aos assentamentos – estrada do Jacadigo – será reformada até 18 de maio, permitindo o acesso aos ônibus escolares por parte dos alunos de outros assentamentos. A restauração de outras estradas e acessos deve durar até quatro meses. No acordo, os pais das crianças se comprometem a levar seus filhos até o ponto mais próximo de parada do transporte escolar municipal”.

Segundo o MPF, a vistoria foi realizada depois que pais denunciaram as condições precárias das estradas e a falta de transporte escolar.

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