Interior

Atentado pode ter relação com execução de dono de jornal

Polícia brasileira vai trabalhar em conjunto com a paraguaia

Nadyenka Castro | 09/10/2012 10:37
Local do atentado nessa segunda-feira em Pedro Juan Caballero. (Foto: Candido Figueiredo/ ABC Color)
Local do atentado nessa segunda-feira em Pedro Juan Caballero. (Foto: Candido Figueiredo/ ABC Color)

O atentado ocorrido nessa segunda-feira em Pedro Juan Caballero pode ter relação com o assassinato dono do Jornal da Praça e do amigo dele, em Ponta Porã, na semana passada. Tráfico de drogas pode ter motivado as execuções.

O empresárioLuiz Henrique Rodrigues Georges, 44 anos, conhecido por Tulu, e Felipe Neri Vera, 57 anos, foram executados com diversos tiros de fuzil na quinta-feira (4), no Centro de Ponta Porã. Ananias Duarte, 58 anos, que também estava no veículo, sobreviveu.

Na manhã dessa segunda-feira foram baleados Nelson Ramão Vera, 31 anos, o tio Ermes Antonio Vera, 60 anos, e Valter Canam Morinigo. Nelson morreu no Hospital Regional, em Ponta Porã, os outros dois sobreviveram.

O trio estava na varanda da casa de Ermes, em Pedro Juan Caballero, quando um Fiat Siena de cor preta parou em frente ao imóvel, dois homens desceram e atiraram.

O delegado Clemir Vieira Júnior, responsável pelas investigações das execuções em Ponta Porã, explica que os dois crimes podem estar relacionados porque ocorreram em dias próximos, o calibre das armas provavelmente são os mesmos e também pelo fato de Nelson ser primo de Felipe, filho de Ermes. A Polícia não descarta que os executores sejam os mesmos.

A investigação do atentado ocorrido em Pedro Juan é de responsabilidade da Polícia Nacional do Paraguai. Como a suspeita é de que os dois crimes estejam relacionados, a Polícia brasileira irá “trabalhar em conjunto com a Polícia paraguaia, mesmo que seja na troca de informações”, afirma Clemir.

Rocaro - O empresário Tulu era dono do jornal que Paulo Rocaro era editor. Paulo foi morto há oito meses, também a tiros, próximo ao local do assassinato de Tulu. A Polícia não suspeita de ligação entre os dois crimes.

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