Interior

Assaltante premeditou crime e espancou garota de programa até a morte

Preso em Itaporã na semana passada, Rodrigo de Souza Martines disse que usou R$ 500 roubados para comprar sapato e droga

Helio de Freitas, de Dourados | 01/10/2018 12:26
Garota de programa foi morta no dia 22 de setembro e corpo encontrado pela amiga (Foto: Divulgação)
Garota de programa foi morta no dia 22 de setembro e corpo encontrado pela amiga (Foto: Divulgação)

Rodrigo de Souza Martines, 28, premeditou o latrocínio (roubo seguido de morte) contra a garota de programa Mayara Freitas Mattoso, 21, ocorrido no dia 22 de setembro em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande.

Ele já tinha contratado a mulher para um programa sexual anteriormente e percebeu que Maiara deixava a carteira com dinheiro à mostra no quarto onde recebia os clientes. O crime ocorreu no Jardim Pelicano, região norte de Dourados, onde Maiara morava com uma amiga, também garota de programa.

Após enforcar, asfixiar com o travesseiro e espancar a vítima até a morte, Rodrigo levou dois celulares de Maira e a carteira dela com R$ 500. A carteira e um celular foram encontrados na casa dele, em Itaporã, cidade a 20 km de Dourados. Rodrigo confessou que usou o dinheiro para comprar droga e um par de sapatos.

Nesta segunda-feira (1º), o delegado Rodolfo Daltro, do SIG (Serviço de Investigações Gerais), divulgou detalhes da morte, contadas pelo assassino confesso.

A investigação - Maiara Mattoso foi encontrada morta no quarto do imóvel onde morava, no chão ao lado da cama, com o travesseiro sobre o rosto. Ela foi agredida na face e no pescoço, além de ter sido esganada e asfixiada com o travesseiro.

A carteira e dois aparelhos celulares pertencentes à vítima foram roubados. Três dias após o crime, o SIG assumiu as investigações e uma das primeiras diligências foi ouvir o depoimento de Giovana Franco Dias, 25, que morava com Maiara.

“Após Giovana expor a rotina que ela e Maiara haviam adotado na data do crime, o SIG descartou aquela pessoa como principal suspeita, passando a focar em outras linhas de investigação”, explicou o delegado.

No dia em que o corpo foi encontrado, Giovana foi presa acusada de tráfico de drogas, já que algumas trouxinhas de maconha foram encontradas na casa.

A delegada plantonista Paulo Ribeiro também suspeitou que Giovana tivesse alterado a cena do crime. No dia seguinte a Justiça relaxou a prisão em flagrante e ela aguarda o processo em liberdade.

Segundo o delegado, Rodrigo foi visto como suspeito de imediato. Na quarta-feira (26) ele foi ouvido na Polícia Civil e confirmou ter feito um programa sexual com a vítima por volta de 21h30 do dia 21 e disse ter ido embora em seguida.

Entretanto, conforme o delegado, o suspeito apresentou contradições no depoimento. Durante a audiência, os policiais verificaram lesões nas duas mãos dele, “compatíveis com quem teria desferido socos contra algo ou alguém”. Rodrigo também tinha um arranhão no ombro esquerdo, causado por Maiara ao tentar se defender das agressões.

Preso – Na sexta-feira (28), após a Justiça decretar a prisão temporária de Rodrigo Martines, policiais do SIG foram até a casa dele em Itaporã, onde encontraram a carteira e um celular da vítima.

Diante de mais evidências, Rodrigo confessou ter matado Maiara. Disse que ao chegar à cidade na tarde do dia 21 se recordou que no programa sexual anterior percebeu que ela deixava a carteira à vista.

“Ele idealizou encontrá-la à noite com a finalidade de roubá-la, o que foi feito”, afirmou o delegado. Rodrigo disse que durante o ato sexual aplicou um "mata-leão", como é chamado o golpe de estrangulamento com o braço aplicado pelas costas.

Maiara desmaiou e foi golpeada com vários socos no rosto. “Não contente com tanta violência, Rodrigo esganou Maiara, que teve, inclusive, a traqueia fraturada”, contou o delegado.

Para finalizar o crime, Rodrigo asfixiou a vítima com o travesseiro. Segundo Rodolfo Daltro, em depoimento informal ele admitiu ter feito sexo com a vítima após ela estar morta, mas mudou o depoimento depois.

Ao ser colocado na carceragem da 1ª Delegacia de Polícia, Rodrigo foi hostilizado pelos demais detentos devido à brutalidade e covardia do crime. Para preservar a integridade do criminoso, ele foi levado de imediato para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

Rodrigo foi preso e confessou roubo seguido de morte (Foto: Divulgação)
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