Interior

Após três dias de protesto, começa hoje perfuração de poços em aldeias

Novo coordenador da Sesai acompanhou equipamentos até reserva indígena para perfuração de poços e índios encerram bloqueio

Helio de Freitas, de Dourados | 28/07/2016 07:35
Chegada de máquina para perfurar poços encerrou bloqueio de rodovia (Foto: João Pires)
Chegada de máquina para perfurar poços encerrou bloqueio de rodovia (Foto: João Pires)

Deve começar hoje (28) a perfuração de dois poços artesianos na reserva indígena de Dourados, município a 233 km de Campo Grande. Os equipamentos para o serviço, pertencentes à Funasa (Fundação Nacional de Saúde), chegaram ontem à tarde e os índios encerraram o bloqueio da MS-156, que já durava três dias.

O novo coordenador do Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), Edemilson Canale, se reuniu com os índios no local do protesto e admitiu que o serviço não seria feito antes de outubro por questões burocráticas.

Segundo ele, a liberação dos equipamentos para o início imediato da perfuração dos poços só foi possível devido a um acordo com a Funasa e com autoridades locais, firmado após o bloqueio da estrada.

Edemilson Canale lembrou que a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) é responsável em garantir saneamento básico para 75 mil índios em Mato Grosso do Sul e precisa que o apoio prometido seja garantido para que os poços sejam abertos. Pelo menos quatro mil índios enfrentam falta de água na reserva de Dourados.

Começa na Bororó – O vice-capitão da aldeia Jaguapiru e um dos principais líderes do protesto, Sílvio de Leão, disse nesta manhã ao Campo Grande News que o primeiro poço será perfurado na aldeia Bororó, onde o desabastecimento é ainda mais crítico.

“O pessoal está esperando chegar uma máquina de Itaporã para limpar o local. Lá vai ser feito o maior poço, com capacidade de 18 mil litros de água por hora. Depois a equipe vem para a Jaguapiru, para colocar o nosso poço em funcionamento e perfurar outro”, informou.

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