Interior

Após polêmica, lavagem das escadarias de igreja será com flores brancas

Paulo Fernandes | 28/12/2011 00:59
Entidades ligadas à cultura afro-descendente falaram com o bispo diocesano de Corumbá, Dom Martinez Alvarez (Foto: Diarionline)
Entidades ligadas à cultura afro-descendente falaram com o bispo diocesano de Corumbá, Dom Martinez Alvarez (Foto: Diarionline)

Depois de a Igreja proibir a celebração da tradicional missa de 30 de dezembro com a presença de candomblecistas, o babalorixá Zazelakum Clemílson Medina disse, nesta terça-feira, que a lavagem das escadarias na Igreja Matriz Nossa Senhora da Candelária, vai ser mantida e celebrada apenas com flores na cor branca. Será um pedido de paz entre as religiões.

"Quem for para a lavagem, pedimos que leve um tipo de botão de qualquer flor, mas de cor branca. Mesmo a água de cheiro não recebendo a bênção do padre como acontecia depois de celebrada a missa, ela vai estar consagrada por Deus, por Jesus Cristo, por Maria que tenho certeza não estão de acordo com isso", afirmou o religioso em entrevista ao site Diarionline.

Entidades ligadas à cultura afro-descendente pediram na última sexta-feira ao bispo diocesano de Corumbá, Dom Martinez Alvarez, para a Igreja rever a decisão. "Fomos até a casa do bispo que nos recebeu muito bem, entretanto, ele manteve a decisão de não permitir a realização da missa”, disse.

Dom Martinez explicou que a decisão foi tomada com base na opinião de alguns fiéis. "Quando tomamos uma decisão, ela não é leviana, é fruto de ponderação. Tomamos não pensando em voltar atrás. Repito que, com base na opinião de alguns fieis, e no que acontece na Bahia, que também não abre as portas (da igreja), nós decidimos por não realizar a missa no dia 30 de dezembro na igreja Matriz. Nós não queremos ser diferentes do Brasil, não queremos inventar moda", declarou.

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