Interior

Após oito dias de buscas, dono de barco-hotel é o único desaparecido

Priscilla Peres | 02/10/2014 14:09
Parte da embarcação foi retirada da água hoje, mas o cabo de aço não suportou o peso e arrebentou. (Foto: Prefeitura de Porto Murtinho)
Parte da embarcação foi retirada da água hoje, mas o cabo de aço não suportou o peso e arrebentou. (Foto: Prefeitura de Porto Murtinho)

O proprietário do barco-hotel Sueño do Pantanal que naufragou na semana passada, Luiz Penayo é a única vítima que ainda está desaparecida. Hoje faz oito dias do acidente causado por um tornado que passou em Porto Murtinho - distante 431 km de Campo Grande, no dia 24 de setembro. Luiz é natural do Paraguai e sua família e amigos estão encabeçando o resgate.

No fim da manhã de hoje foi localizado o corpo de Benedito Aparecido da Silva e na tarde de ontem, o de Roberto Vilhalva, conhecido como Tião. O filho de Benedito confirmou que seu pai foi encontrado e agora prepara o translado do corpo. Os dois são do Paraná e faziam uma pescaria em Porto Murtinho com outros 14 amigos. O barco naufragou com 27 pessoas a bordo, sendo 16 turistas e 11 tripulantes paraguaios. Dessas, 13 sobrevivem, 13 foram encontradas mortas e uma está desaparecida. 

Desde o início dessa semana, o Paraguai assumiu as buscas pelos corpos e tenta arrastar a embarcação para próximo à margem. Na manhã de hoje, parte do barco pode ser visto pelas pessoas que acompanhavam a operação de retirada da água, mas pouco tempo depois o cabo de aço não suportou o peso e arrebentou.

Equipes de resgate oficiais do Brasil não participam das buscas no momento, apenas acompanham, segundo o capitão da Marinha do Brasil, Alexandre Brandão. “A mobilização é feita por parte da comunidade do paraguai, mas não é nada oficial. Nós estamos na área dando todo o suporte para caso de algum afloramento na superfície a gente recolha”.

Acidente - O barco hotel Sueño del Pantanal, de bandeira paraguaia, naufragou na tarde de quarta-feira (24), após ser atingido por um tornado. O vento de quase 100 quilômetros por hora destelhou casas, derrubou árvores e postes, prejudicou a rede de energia e tombou o barco que estava no rio Paraguai, cerca de 50 metros de atracar na margem estrangeira.

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